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EUA revisarão protocolo após alerta sobre atirador da Flórida ser ignorado

Por Agência O Globo

16/02/2018 21h02 — em
Mundo



WASHINGTON - O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, anunciou ontem que ordenou uma revisão imediata de como o órgão e o FBI respondem a alertas sobre potenciais ataques violentos. A medida ocorre após vir à tona que a polícia federal americana não deu seguimento a investigações sobre informações recebidas, em setembro do ano passado, sobre um post no YouTube de uma pessoa que se identificara como Nikolas Cruz, dizendo que queria ser “atirador de escolas profissional”. O FBI chegou a procurar o denunciante, em cuja conta o comentário foi feito, mas alegou que não conseguiu identificar a origem da ameaça. Um outro alerta foi feito em janeiro expressamente sobre o atirador.

“Isso inclui mais do que apenas uma revisão de erro, mas também uma revisão de como respondemos”, disse Sessions em comunicado. “Isso incluirá possíveis consultas com membros da família, autoridades de saúde mental, funcionários escolares e autoridades policiais locais”.

O governador da Flórida, Rick Scott, por sua vez, pediu ao diretor do FBI, Christopher Wray, que renuncie ao cargo, por ter ignorado os alertas sobre Cruz.

“Uma desculpa não trará de volta os 17 cidadãos que morreram”, afirmou Scott em comunicado. “O diretor do FBI precisa entregar o cargo”.

As palavras de Scott foram apoiadas pelo senador da Flórida Marco Rubio, que classificou o comportamento do FBI como “indesculpável”. Ontem, a agência confirmou que recebeu os dois alertas.

O anúncio de que o presidente Donald Trump, visitaria Parkland, palco do massacre, foi recebido com fúria pelo vice-prefeito do condado de Broward, onde a cidade está localizada. Questionado pela rede CNN, Mark Bogen classificou os planos do republicano como “um absurdo”.

— Ele (Trump) é um hipócrita! — bradou o vice-prefeito. — Como pode vir aqui e falar o quão horrível foi o massacre quando apoia essas leis (que impedem a restrição às armas)?

As críticas não parecem ter intimidado o presidente que, no Twitter, informou que encontraria na Flórida “algumas das pessoas mais corajosas do planeta” e que está “trabalhando com o Congresso em diversas frentes”. Evitando falar em mudanças na legislação, o presidente pediu ao povo americano que “responda ao ódio com amor e à crueldade com bondade”. Trump chegou no início da noite a um hospital onde estão internadas vítimas do ataque.

Também no condado de Broward, o xerife Scott Israel fez um discurso pedindo mudanças na legislação e uma maior controle sobre as armas de fogo.


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