RIO — Uma das consequências mais notáveis do sucesso de uma série de TV está na ascensão impressionante do salário de seus atores principais. Na primeira temporada de “The Big Bang Theory”, em 2007, os protagonistas ganhavam de US$ 25 mil a US$ 60 mil por episódio, valor semelhante ao que é pago ainda hoje por outras produções em suas primeiras temporadas, como “This is us” (cuja segunda temporada está sendo exibida atualmente pela Fox). Hoje, a cada episódio de “Big Bang”, cada um dos atores do quinteto principal da série contabiliza US$ 900 mil a mais em suas contas bancárias, valor 15 vezes superior aos seus salários iniciais.

O curioso — e digno de admiração — é que o salário do primeiro time de “Big Bang” já foi até maior. Em 2014, com a audiência em alta e anunciantes fazendo a festa, Jim Parsons (Sheldon Cooper), Johnny Galecki (Leonard) e Kaley Cuoco (Penny) atingiram a mesma marca batida pelos seis componentes do elenco de “Friends” em 2002. Naquele ano, Jennifer Aniston, Matthew Perry & Cia. foram os primeiros atores da tevê americana a ganhar US$ 1 milhão por episódio.

Com o sucesso das primeiras temporadas de “Big Bang” e a participação crescente do elenco feminino, as atrizes Mayim Bialik e Melissa Rauch, cujos personagens entraram na série na terceira temporada, tornaram-se peças importantes e — claro — começaram a reivindicar uma atualização de seus contratos. No início de 2017, as duas ganhavam US$ 200 mil por episódio, ou seja, um quinto do valor pago a seus colegas protagonistas — uma diferença considerável.

A campanha deu certo. Parsons, Galecki, Cuoco, Simon Helberg (que interpreta Howard) e Kunal Nayyar (que vive Raj) aceitaram cortes em seus salários para que as duas colegas pudessem ganhar mais. Hoje, Mayim e Melissa ganham US$ 500 mil, cada uma, por episódio. A diferença em relação aos outros ainda é razoável — mas, vamos combinar, não dá para reclamar tanto.