Sem chuva à vista, F-1 aposta em pneus para diferenciar GPs na Inglaterra
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Fórmula 1 se prepara para duas corridas seguidas em um mesmo circuito pela segunda vez na temporada e na história. Desta vez, serão duas provas em Silverstone, no Reino Unido a primeira delas neste domingo (2), às 10h10 (de Brasília). O temor de que a segunda prova britânica, quer será batizada de GP do 70º Aniversário, seja previsível devido às informações que as equipes terão depois da primeira corrida, já neste final de semana, é menor agora que a categoria fez dois GPs seguidos em um mesmo circuito. Isso aconteceu nas duas primeiras provas do ano, na Áustria, nas quais o tempo atmosférico acabou tornando os GPs fossem bastante diferentes: enquanto o calor do primeiro domingo pegou muitas equipes de surpresa e fez a prova ser um festival de quebras e falhas, a chuva forte no sábado seguinte gerou uma classificação complicada e muitos pilotos largaram fora de posição na segunda prova. Curiosamente, em Silverstone, pista conhecida pelas mudanças temporais constantes, a previsão até aqui é de que os dois finais de semana sejam razoavelmente parecidos, com o céu encoberto e temperaturas razoavelmente baixas para esta época do ano, com máximas próximas aos 20ºC. O traçado também não poderá ser alterado, já que apenas um dos circuitos possíveis tem a homologação da FIA para receber a F1. A ideia de fazer a segunda prova no sentido inverso foi refutada devido à necessidade de providenciar muitas mudanças nas áreas de escape e zebras. A grande diferença entre um final de semana e outro, portanto, deverá ser dos compostos de pneus. Para o GP da Grã-Bretanha, a primeira das duas provas seguidas em Silverstone, a Pirelli levará os compostos C1, C2 e C3, ou seja, os mesmos do ano passado. Em 2019, a estratégia vencedora foi usar o C2 no começo da prova e o C1 no final, mas com uma diferença: fazia muito mais calor em Silverstone do que é esperado para este ano. Já no GP do 70º Aniversário, os compostos serão os C2, C3 e C4, o que pode mudar totalmente o cenário e, inclusive, provocar uma prova com duas paradas para a maioria dos pilotos. Isso porque, como explica Mario Isola, da Pirelli, as curvas rápidas de Silverstone estressam muito os pneus. "Com duas corridas no mesmo local, em uma pista que as equipes conhecem bem, era importante tentar inserir um elemento adicional para a segunda corrida, e é por isso que estamos dando um passo com os pneus mais macios no GP do 70º Aniversário. A seleção do primeiro GP foi a mesma que tivemos no ano passado, o que, em termos gerais, deve criar entre um e dois pit stops. Para a segunda corrida, dependendo da estratégia de cada piloto, poderemos ver, principalmente, duas paradas", disse Isola. "Colher dados sobre o C4, que enfrentará um grande desafio em Silverstone, será a chave para a segunda corrida, enquanto as equipes obviamente já terão muitas informações sobre o C2 e o C3. Silverstone é caracterizado por grandes cargas laterais que colocam bastante energia nos pneus, por isso, evitar o superaquecimento e gerenciar as degradações serão especialmente importantes", completou. Além disso, os pilotos terão outro motivo para irem à pista nos treinos livres: pela primeira vez, eles poderão testar os protótipos que estão sendo desenvolvidos para a temporada de 2021 como é esperado que não haja pré-temporada ano que vem, toda chance de coletar informações sobre os novos pneus será aproveitada pelas equipes. O primeiro treino livre do GP da Inglaterra terá início às 7h desta sexta-feira (31). No sábado (1º), os pilotos fazem o classificatório às 10h.
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