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Seleções de basquete podem ficar sem treinador até março de 2017

Por Agência O Globo

24/08/2016 3h52 — em
Esportes



No basquete, “air ball” acontece quando um jogador arremessa a bola e ela não bate nem no aro. Foi como se sentiu o esporte brasileiro nos Jogos do Rio, quando não avançou à fase final dos torneios masculino e feminino. Nesta segunda-feira, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) informou que os treinadores Rubén Magnano, do masculino, e Antônio Carlos Barbosa, do feminino, não seguem nas seleções.

A eleição na entidade em março do ano que vem, no entanto, pode deixar as seleções sem comandantes nos próximos sete meses,em que não terá competições. Um dos candidatos à presidência pode ser o próprio Barbosa, que foi bronze com a seleção em Sydney-2000 e voltou a assumir o time feminino em dezembro durante uma grave crise na categoria — foram cinco técnicos nos últimos sete anos. Atualmente, a CBB é presidida por Carlos Nunes, que não pode concorrer à segunda reeleição.

— Estou sendo indicado por algumas federações. Tive esse convite de alguns do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Algumas já me indicaram formalmente, como Rondônia, Acre e Maranhão — admitiu Barbosa, de 71 anos, que precisa de cinco indicações de federações. — Adquiri experiência ao longo desses anos, não só como técnico. Acompanho de perto as necessidades do basquete brasileiro e a necessidade de mudanças no perfil.

Técnico do Flamengo é favorito

Os contratos de Magnano, que chegou em 2010, e Barbosa vencem no próximo dia 31 de agosto e não serão renovados. Em nota oficial, a federação agradeceu ao trabalho dos dois técnicos. No masculino, após o espanhol Moncho Monsalve, contratado em 2008, e o argentino Magnano, que assumiu em 2010, o próximo treinador pode ser brasileiro. Fazendo a ressalva de se tratar de uma opinião pessoal, o diretor técnico da CBB, o ex-jogador Vanderlei Mazzuchini falou sobre o tema.

— Hoje, temos condições de seguir um ciclo olímpico com um treinador brasileiro — opinou, sem querer antecipar uma data sobre o anúncio dos novos treinadores. — A decisão vai ser tomada com tranquilidade. Nesse pacote, temos que pensar na eleição, mas não necessariamente a contratação precisa esperar até março.

Um das possibilidades para acelerar a contratação de um treinador é o possível acordo entre candidatos à presidência. Técnico do Flamengo, atual tetracampeão brasileiro e campeão do Intercontinental de Clubes em 2012, José Neto é o favorito ao posto de treinador do time masculino. Nos Jogos do Rio, ele ficou no banco de reservas, como auxiliar de Magnano.

No próximo ciclo olímpico, o futuro treinador brasileiro terá um cenário bem diferente do atual. As eliminatórias para o Mundial de 2019, na China, que terá 32 vagas, oito a mais do que na Espanha-2014, acontecerão num sistema semelhante às eliminatórias da Copa do Mundo de futebol. Um dos desafios promete ser conseguir utilizar jogadores da NBA, já que várias partidas serão realizadas durante a temporada regular da liga americana. Os jogos começam em novembro de 2017.

Para Vanderlei Mazzuchini, os fracassos nos Jogos do Rio foram um golpe forte no basquete.

— Foi perdida uma oportunidade de fazer boa campanha e ganhar uma medalha olímpica, o que daria uma visibilidade enorme, e o esporte precisa disso. A oportunidade passou. O trabalho foi feito, mas o resultado não veio. Deixa um gosto ruim, mas percebemos que tínhamos condições de ter feito uma campanha melhor — lamentou. — O gosto é amargo, mas vamos ter que tirar um aprendizado para futuramente tirarmos proveito. A modalidade passa por um momento difícil e não ter resultado piora isso.


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