Casos de doping reduzem interesse do público pela Olimpíada, diz pesquisa
Uma pesquisa da BBC mostrou que os escândalos de doping rendem “muito” ou “algum” impacto negativo na atenção que o público pretende prestar à competição. Dos 19 mil entrevistados, em 19 países, entre dezembro do ano passado e abril deste ano, 57% indicaram que a irregularidade os desestimula a acompanhar os Jogos.
Os desinteressados em potencial foram maioria em 13 países — entre os que relataram maior influência negativa do doping, estão a Coreia do Sul, o Peru, a Austrália e a França. Por outro lado, apenas 35% dos alemães e 36% dos brasileiros disseram que os escândalos os fariam perder o interesse pela competição.
Doug Miller, chefe do GlobeScan, firma responsável pela pesquisa, afirmou que o resultado evidencia “a importância do papel da Agência Mundial Antidoping (Wada) na proteção da franquia da Olimpíada”.
No início da semana, a Wada criticou a decisão do Comitê Olímpico Internacional de negar o banimento de toda a delegação russa do Rio-2016: seriam suspensos, por ora, apenas o time de atletismo e os atletas com histórico de uso de substâncias proibidas. Cada federação recebeu o aval de julgar a permanência dos esportistas russos nas demais modalidades, depois que a agência provou um esquema de doping patrocinado pelo Estado russo na maioria dos esportes olímpicos.
A enquete ainda constatou que, para 62% dos entrevistados, a vitória olímpica gera “muito” ou “algum” impacto no orgulho nacional. Para Indonésia, Quênia, Rússia, Peru e Índia, a influência do pódio na autoestima do país é maior, enquanto no Brasil, na Alemanha, nos Estados Unidos e na França há menos comoção por conta das medalhas na competição.
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