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Granqvist, o sueco que vai substituir Ibrahimovic no posto de capitão na Copa

Por Agência O Globo

14/12/2017 17h12 — em
Esportes



Por dez anos, Zlatan Ibrahimovic reinou absoluto no futebol sueco. Mas a hegemonia do controverso atacante do Manchester United chegou ao fim no mês passado, quando o zagueiro Andreas Granqvist recebeu a “Guldbollen” (“Bola de Ouro”, na língua local), prêmio oferecido pela federação nacional em parceria com o tabloide “Aftonbladet” ao melhor jogador em atividade no país.

Numa rede social, Granqvist agradeceu aos companheiros que o ajudaram a receber a honraria. Mas quando perguntado, durante uma entrevista, se havia sido parabenizado por Ibra, limitou-se, com um sorriso no rosto, a dizer “não”. Tudo bem: o que não faltou foram mensagens de carinho. “Pensei que meu telefone fosse quebrar”, contou ao “Sport Bladet”.

O auge chega tardiamente para o zagueiro de 32 anos, cuja carreira foi construída em clubes de menor expressão, desde o início no Helsingborgs, da Suécia, até a passagem atual pelo Krasnodar, da Rússia. Simultaneamente, Granqvist se aproxima do pico de sua jornada de mais de uma década na seleção.

Apesar de ser convocado regularmente desde 2004, nas categorias de base, e 2006, na equipe adulta, jamais disputou uma Copa do Mundo. Não foi convocado para o Mundial da Alemanha, e a Suécia não se classificou para as edições da África do Sul (2010) e do Brasil (2014). Apesar de sempre ter tido destaque no grupo, foi com a chegada do técnico Jan Andersson, no ano passado, que Granqvist se tornou a principal referência da equipe. Coincidentemente, herdou a braçadeira de capitão após a aposentadoria de Ibrahimovic da seleção.

Ao ser eleito o melhor do futebol sueco, Granqvist foi recompensado pela liderança que exerceu durante as eliminatórias, em uma campanha das mais duras, com França e Holanda pelo caminho já na fase de grupos. A vaga veio na repescagem, contra a Itália:

— Senti que era a última chance. Estive em três Eurocopas, mas nunca em uma Copa do Mundo. O que esse grupo fez é indescritível.

líder e humano

A popularidade de Granqvist cresceu ainda mais depois do carimbo no passaporte para o Mundial. Tanto que ele recebeu um convite curioso de uma garota de 14 anos. Tilda Larsson decidiu produzir artigos de Natal com o rosto do zagueiro estampado, e contou com o apoio do ídolo. “Ele se tornou o grande herói (da classificação para a Copa). Então, enviei uma mensagem para o Instagram dele e perguntei se poderia usar seu rosto nos enfeites”, conta a menina. A inciativa acabou beneficiando uma instituição que cuida de crianças com câncer: 10 coroas suecas (pouco menos de R$ 4) de cada venda são revertidos como doação.

A empatia é uma prática que o zagueiro exerce no dia a dia. Sempre que pode, acompanha treinamentos específicos dos companheiros de time. Faz parte da maneira como demonstra liderança — a mesma que pretende exercer na Rússia.

— É importante mostrar que você está interessado mesmo por aqueles que não jogam as partidas — afirmou ao “Expressen” o zagueiro, em mais uma declaração que o separa de Ibra. — As pessoas apreciam quando demonstramos nossas emoções.


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