A confiança que o Fluminense tenta passar em relação à permanência na Copa do Brasil tem razão para existir. O resultado que o time procura, às 21h30m, contra o Avaí, já foi atingido outras vezes fora de casa. Embora com a vantagem no placar, o adversário de hoje não assusta em seus domínios. Dos 16 confrontos entre os dois, dez ocorreram em Florianópolis. E, mesmo fora, o tricolor ostenta números que fazem a capital catarinense parecer uma extensão do Maracanã. São cinco triunfos, três empates e duas derrotas.

Para avançar à quarta fase da Copa do Brasil, não basta ao Fluminense vencer. O time de Abel Braga precisa superar o Avaí por dois gols de diferença, já que foi derrotado no Rio por 2 a 1. Um triunfo simples levará a decisão para os pênaltis.

O resultado desejado não é um feito inédito. Das cinco vitórias sobre o Avaí em Florianópolis, duas foram por 3 a 0 (nos Brasileiros de 2010 e do ano passado) e uma por 4 a 0 (em amistoso disputado em 1958). A vaga pode estar mais próxima do que se pensa.

— É o jogo mais importante do ano até aqui — resumiu o lateral Gilberto.

Durante os treinos que antecederam ao duelo, o técnico Abel Braga procurou focar no trabalho de recuperação da segunda bola e nas jogadas de bola parada. A opinião é de que o time pecou nestes quesitos no primeiro duelo. Mas o principal conselho dado aos jogadores foi outro. O treinador quer combater a afobação.

— O time deles deve começar mais defensivo. Temos que ter essa nossa responsabilidade em mente, mas entrar em campo com tranquilidade. Não adianta forçar que não vai acontecer nada — disse Gilberto. — O Abel falou para nós não nos desesperarmos, para ninguém se atirar. Nos jogos em que a gente mais fez saldo de gols, jogamos tranquilamente. É naturalmente que os gols vão sair.

Dos titulares, o único que não está a disposição de Abel é Renato Chaves. Ele cumpre suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Quem entra em seu lugar é Reginaldo, que atuou contra o Nova Iguaçu e marcou um gol.

— Não muda muito. Os dois são rápidos. Não mexe no esquema — opinou Gilberto.