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Alemanha sofre metamorfose quatro anos depois do 7 a 1

Por Agência O Globo

16/03/2018 21h03 — em
Esportes


Foto: Reprodução

RIO, 16 (AG) - Parece até que o tempo não passou para os campeões do mundo, quatro anos depois do histórico 7 a 1 sobre a seleção brasileira e o título no Maracanã, na partida seguinte. Na frieza dos números, o que se constata é ainda mais significativo: o técnico Joachim Löw conseguiu rejuvenescer um grupo que já era jovem quando levantou a Taça Fifa em 2014.

Nesta sexta-feira, ele convocou 26 jogadores que disputarão o amistoso contra o Brasil, no dia 27, em Berlim - antes, enfrentarão a Espanha, dia 23. O treinador chamou oito remanescentes do tetracampeonato, quatro anos mais velhos, mas compensou isso com os outros 18. Jogou a média de idade que já era baixa, de 26,3 anos, em 2014, para 26,1 anos a três meses da Copa da Rússia.

Dos titulares do técnico, apenas Neuer, goleiro do Bayern de Munique, ficou fora. Ele ainda se recupera de problemas físicos. Outra ausência significativa foi por escolha de Löw: Götze, autor do gol do título na decisão contra a Argentina, nunca mais conseguiu retomar o nível de atuações daqueles dias dourados. Fora da convocação, está seriamente ameaçado de perder o Mundial na Rússia, mesmo na plenitude de seus 25 anos.

Quem também perdeu espaço na seleção foi o principal carrasco brasileiro naquela goleada. Dos sete gols que a Alemanha marcou no Mineirão, dois foram de Schürrle, reserva de Miroslav Klose em 2014, teoricamente herdeiro da camisa 9 com a aposentadoria do maior goleador das Copas.

Entretanto, Joachim Löw já deixou claro que antiguidade não é posto com ele. Timo Werner, aos 22 anos, aproveitou como poucos a convocação para a Copa das Confederações do ano passado. Foi o artilheiro da competição e dividiu com Draxler, eleito o melhor jogador do torneio, o papel de protagonista do título alemão. Desde então não saiu mais das listas e deverá encarar o Brasil.

Outro sintoma da disposição do técnico em dar oportunidade para a nova geração é o aproveitamento de três jogadores que disputaram os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 e foram medalha de prata - derrotados, ufa!, pelo Brasil, nos pênaltis.

Diferentemente dos anfitriões, que fizeram questão da cota de três jogadores com idade acima dos 23 anos para ter astros como Neymar e Marquinhos, os alemães levaram ao Brasil muitos jogadores sub-21 e outros que nunca tinham sido convocados para a equipe principal. Das promessas, Süle, Brandt e Goretzka seguiram para o grupo de Löw e alimentam um sonho real de disputar na Rússia seu primeiro Mundial.

 

No último período de treinos e jogos antes da convocação final para a Copa do Mundo, a Alemanha precisa resolver alguns pontos de desequilíbrio em seu elenco. Os tetracampeões sofrem para encontrar jogadores confiáveis nas duas laterais. A abundância de jogadores de qualidade para atuar no meio de campo e no ataque, somada à essa carência, pode até obrigar Löw a mudar o esquema tático da equipe.

- Temos um leque amplo de opções em algumas posições, mas em outras, não. Portanto, precisamos de jogadores flexíveis e versáteis. No geral, a porta para a seleção ainda não está fechada. Ainda há alguns jogadores em observação - destacou o treinador ao site "Deutsche Welle".

Outro problema com que a seleção germânica lida é a dificuldade para contar com o meia Reus, do Borussia Dortmund. Ele já perdeu a Copa de 2014 e a Eurocopa de 2016 por causa de lesões às vésperas das competições e não enfrentará o Brasil justamente por causa de novo período no departamento médico. O desfalque só não é maior porque sobram opções para substituí-lo.


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