Venda de frango brasileiro ao exterior recua 8,5% até maio
SÃO PAULO - As exportações brasileiras de carne de frango este ano caíram 8,5% até maio e podem recuar ainda mais como consequência da greve dos caminhoneiros. Em abril, a União Europeia suspendeu parte das importações de frangos do Brasil, afetando 20 unidades no país, sendo 12 da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. Os embarques para a União Europeia caíram mais de 40%, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA),
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Somente em maio, segundo a ABPA, houve uma queda de 4,7% no volume de frango exportado pelo Brasil, que totalizou 333,2 mil toneladas. No ano, as exportações de frangos chegam a 1,6 milhão de toneladas, até maio, frente ao 1,7 milhão de toneladas vendido ao exterior no mesmo período do ano passado.
- Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros serão sentidos somente nos levantamentos realizados em junho - diz Francisco Turra, presidente da ABPA.
Em receita, as vendas de carne de frango somaram US$ 2,6 bilhões, número 12,3% menor que os US$ 2,9 bilhões registrados nos cinco primeiros meses de 2017. Apenas em maio, Em receita, as vendas caíram 13% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 517,6 milhões frente aos US$ 594,8 milhões registrados no mesmo mês do ano passado.
Com o embargo de produtos feito pela união Europeia, o México tem mostrado crescimento mais expressivo entre todos os importadores. Os mexicanos compraram 44,8 mil toneladas nos cinco primeiros meses deste ano, crescimento de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.
Outro mercado com compras expressivas é a China, que aumentou tarifas de importação do frango brasileiro em até 38%, em junho. Os chineses aumentaram as importações do produto brasileiro em 12%, chegando a 179,9 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano. Também, segundo a ABPA, houve crescimento das vendas para a Jordânia, Iêmen, África do Sul, Coreia do Sul e Chile, o que ajudou a reduzir o desempenho menor registrado em outros mercados.
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