BRASÍLIA - Embora a já não tivesse apoio para ser votada e aprovada no e agora, com a intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro ter ficado constitucionalmente impossível de acontecer, o presidente ainda está com dificuldades de admitir que as mudanças nas regras previdenciárias não acontecerão neste ano. Em entrevista à “Radio Bandeirantes” na manhã desta sexta, ele afirmou que ainda pode haver possibilidade de ela passar no Congresso Nacional.

— Não sei, não sei. Não é improvável pois cessados os motivos da intervenção, não (a) manterei. Vamos dizer que se em setembro, outubro cessem os motivos da intervenção, aí pode abrir espaço para discutir a emenda (à Constituição que modifica regras da Previdência).

Para o presidente, o tema ‘saiu da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política’. Argumentou que não haverá candidato a governador e a presidente que não será instigado a falar e se posicionar sobre o assunto.

— Não abandonamos a Previdência, levamos até o fim. Até porque o resultado dela não seria para o meu governo, seria para os próximos governos e especialmente para os aposentados. Mas estava havendo dificuldades para eventual votação. Esta questão da administração você tem muitas vezes que pesar os valores. O valor 'Previdência', que estava difícil de votar agora, e o valor 'segurança pública', que estava inafastado para o Rio de Janeiro e para o país.