Temer afirma que país enfrenta ´déficit assustador´
BRASÍLIA - Em encontro com empresários do setor siderúrgico nesta terça-feira, o presidente Michel Temer admitiu que o país enfrenta um "déficit assustador", e afirmou não ter a "ilusão" de zerar o déficit em poucos anos.
- A previsão que fizemos é que vai levar tempo para zerar o déficit público. Quando falamos em R$ 179 bilhões (previsão inicial), R$ 159 bilhões, estamos fazendo um déficit assustador. Não se resolve de um dia para o outro, vai se resolvendo ao longo do tempo - afirmou.
O presidente afirmou que não é possível resolver os problemas do país num "passe de mágica".
- Queira Deus que possamos fazê-lo em cinco anos, seis anos, sete anos. Não vamos ter a ilusão de que em pouquíssimo tempo, em dois, três anos vamos resolver esse assunto.
Ao dizer que o seu governo é responsável por reformular o modelo de concessões, Temer disse ainda que os resultados positivos que o governo tem obtido mostram a credibilidade que o governo está recuperando.
- Sucessivos ágios que temos obtido nas concessões são prova da credibilidade que pouco a pouco vem se restaurando em nossa economia - afirmou o presidente, fazendo uma crítica indireta ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
- Reformulamos o modelo de concessões para garantir marcos regulatórios funcionais e previsíveis. Tiramos de lado qualquer visão ideológica, temos uma visão universalista das relações internacionais.
Na abertura do Congresso Nacional do Aço, o presidente Michel Temer admitiu que pode rever a alíquota do Reintegra, programa criado para reembolsar as empresas de parte dos impostos cobrados ao longo da cadeia produtiva. Hoje, a alíquota está em 2%, mas setores da indústria defendem um aumento desse percentual até o teto constitucional, que é de 5%.
O presidente disse aos presentes que o governo pretende ser um parceiro da indústria siderúrgica, destacando que a ideia original do governo era eliminar a alíquota, que ficou depois fixada em 2%.
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