Temer admite rever alíquota do Reintegra
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer admitiu, na noite desta terça-feira, que pode rever a alíquota do Reintegra, programa criado para reembolsar as empresas de parte dos impostos cobrados ao longo da cadeia produtiva. Hoje, a alíquota está em 2%, mas setores da indústria defendem um aumento desse percentual até o teto constitucional, que é de 5%.
Na abertura do Congresso Nacional do Aço, em Brasília, o presidente disse aos presentes que o governo pretende ser um "parceiro" da indústria siderúrgica. Ele afirmou que a ideia original do governo era eliminar a alíquota, que ficou depois fixada em 2%.
- Devo dizer que a primeira ideia era até eliminar os 2%, mas a ideia que prevaleceu foi manter os 2%. Mas estamos ajustando uma conversa de todos com a área econômica do governo para verificar se é possível ainda alguma modificação em face do que aqui foi dito - disse Temer.
Os empresários sustentam que o aumento da alíquota do Reintegra ampliará a competitividade da indústria, cujo nível de produção voltou a 2009.
O Reintegra foi criado em 2009, em meio à crise econômica global, e terminou em 2013. Foi retomado em 2014, com alíquota de 3%, que foi reduzida a 0,1% ano passado, sob alegações de que o câmbio estava favorável aos exportadores.
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