Suspensão de carne: Sindicato de Produtos para Saúde Animal defende qualidade da vacina
RIO - Após os Estados Unidos suspenderem a importação de carne brasileira, devido a problemas em alguns cortes que seriam decorrentes da aplicação da vacina contra a febre aftosa, que pode provocar manchas internas nas carnes, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) defendeu que a vacina tem qualidade, segurança e eficácia reconhecidas por autoridades, produtores, indústria e instituições internacionais de saúde animal.
Segundo o órgão, as reações provocadas pela vacina nos bovinos podem ocorrer devido a uma série de fatores, que vão desde a base oleosa utilizada no produto até a sensibilidade e estresse do animal, seja pelo uso de agulhas mal esterilizadas ou inadequadas, e aplicação em locais inadequados.
“O processo de fabricação (das vacinas) é longo, extremamente rígido e inclui duplo controle dos processos – pela indústria e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) –, além de seguir todas as normas, produção, colheita, armazenamento e distribuição definidas pelas autoridades governamentais, sendo este processo 100% rastreado, o que garante aos pecuaristas e todos os demais envolvidos a maior segurança existente tratando de um produto biológico”, diz a nota.
O sindicato esclareceu ainda que, além da produção de mais de 500 milhões de doses de vacinas trivalentes contra aftosa por ano, o parque industrial brasileiro conta com um estoque de emergência de mais de 60 a 80 milhões de doses e exportação aos países vizinhos, “especialmente aqueles com os quais temos fronteira seca – este um importante risco de novos surtos no rebanho brasileiro”.
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