Presidente da Caixa quer adotar postura agressiva de defesa do banco
BRASÍLIA — O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, e o PP, partido que o indicou para o cargo, decidiram adotar uma postura ofensiva diante da crise gerada pelo afastamento de quatro vice-presidentes do banco. Occhi tem reiterado, inclusive em conversa com aliados, que, mesmo sendo uma indicação política, ele já era funcionário de carreira. Nos próximos dias, o presidente do banco quer mostrar os resultados positivos de sua gestão.
Occhi foi aconselhado por aliados e interlocutores a não se esconder neste episódio. O comando da Caixa se preparava, antes do afastamento, para colher os frutos de um lucro a ser anunciado entre fevereiro e março. A ideia é manter o cronograma.
Entretanto, alguns partidos manifestaram ao Palácio do Planalto sua contrariedade com o desenrolar dos fatos. Primeiro, há uma irritação com a crítica generalizada a toda e qualquer indicação política. Segundo, a postura do próprio presidente Michel Temer é criticada. Apesar de sua demora em agir ter sido um gesto para com os partidos, integrantes de siglas como o PR acreditam que ele errou ao deixar o caso "estourar".
— É um imbróglio atrás do outro. Tem essa questão da indicação da Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho (cuja nomeação foi suspensa pela Justiça) e agora isso — reclamou um parlamentar da base aliada.
Occhi foi indicado pelo PP, assim como Deusdina Pereira (que foi afastada) teve seu nome chancelado pelo PR. Ela, como outros, é funcionária de carreira.
ASSUNTOS: Economia