Preços de medicamentos podem subir até 2,84% no fim do mês
BRASÍLIA — Uma nota divulgada nesta terça-feira pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (), informa que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) abriu seu sistema de comercialização confirmando um anual dos . Os novos índices, que vão variar de , passarão a valer a partir do próximo dia 31 de março.
"Os novos índices constam do sistema on-line da CMED no qual as indústrias farmacêuticas cadastram os preços máximos de seus produtos, com reajuste, que poderão praticar a partir do próximo dia 31 de março", diz um trecho da nota.
A Resolução da CMED que formaliza os índices do reajuste anual de preços de medicamentos ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, o que deve se dar nos próximos dias.
No comunicado, o Sindusfarma se queixa que, pelo segundo ano consecutivo, "o reajuste dos medicamentos será baixo". Em 2017, lembrou a entidade, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou variação de apenas 0,12% no item “medicamentos em geral” do Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i).
“A indústria farmacêutica tem conseguido segurar seus preços, apesar do expressivo aumento dos custos de produção nos últimos anos e a tendência deve se repetir em 2018”, afirma Nelson Mussolini, presidente executivo do sindicato.
Os reajustes de preço dos medicamentos têm ficado abaixo da inflação geral. De 2013 a 2017, o IPCA acumulado foi de 36,48% ante 32,51% dos reajustes médios autorizados pelo governo.
Cada categoria de medicamentos terá um percentual diferente de reajuste. Medicamentos genéricos em geral, estatinas, tranquilizantes, expectorantes, antialérgicos, antiepiléticos e outros produtos de uso contínuo ficarão com o maior índice, de 2,84%. São os remédios classificados como de nível 1, cuja característica é a baixa ou praticamente nenhuma concentração de mercado.
Para os medicamentos de nível 2, o aumento será de 2,47%, segundo o Sindusfarma. Enquadram-se nessa categoria vitamina C e remédios à base de cálcio. As indústrias produtoras convivem em um ambiente de moderada concentração.
Os preços dos medicamentos do nível 3 terão o menor reajuste, de 2,09%. São vacinas, medicamentos oncológicos, antivirais para HIV, antissépticos bucais, e laxantes. O mercado é tido como fortemente concentrado.
Procurado, o Ministério da Saúde não quis comentar os percentuais noticiados pelo Sindusfarma. O órgão esclareceu que, até o fim deste mês, o governo decidirá quais os índices de reajustes definitivos.
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