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Nova MP que suspende contrato de trabalho trará ajuda de até três salários mínimos, diz ministro

Por Folha de São Paulo

29/03/2020 8h24 — em
Economia



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado (28) que o governo irá republicar a medida provisória que permite a suspensão dos contratos de trabalho e que o trabalhador que tiver redução de salário receberá até três salários mínimos (R$ 3.135) do governo.

O custo do programa é estimado em R$ 50 bilhões, que, segundo o ministro, se somam aos R$ 40 bilhões anunciados na sexta (27) pelo Banco Central para empresas financiarem despesas com folha de pagamento e aos outros R$ 50 bilhões da ajuda de R$ 600 para trabalhadores informais.

"O governo não só vai pagar uma parte do salário, para que as empresas mantenham os empregos, como vamos financiar isso. Vamos pagar uma parte e financiar o resto. Vamos complementar, pagar a parcela que as empresas não pagarem", afirmou o ministro durante videoconferência organizada pela XP Investimentos.

Guedes estima que 38 milhões de trabalhadores informais serão beneficiados com a ajuda de R$ 600. O mesmo número de pessoas empregadas deve ter o benefício da complementação da folha, desde que não sejam demitidos e tenham redução de jornada e salário limitada a 50%.

Na último domingo (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou uma MP (medida provisória) que autorizava a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses. No dia seguinte, porém, revogou um artigo,que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses sem salário.

"Já tínhamos dito que iríamos pagar uma parte do salário. Havíamos mandado a medida provisória dizendo que íamos suspender os contratos de trabalho atuais. Reescrevemos [a MP] e vamos mandar de volta", afirmou o ministro.

Guedes disse que as ações para enfrentar a crise já somam R$ 750 bilhões e que o valor deve subir, pois está na mesa também a prorrogação da dívida dos municípios.


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ASSUNTOS: contrato de trabalho, coronavírus no Brasil, MP, quarentena, salário mínimo, Coronavírus, Economia

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