No G-20, posições diferentes sobre situação de acordo entre Mercosul e União Europeia
BUENOS AIRES - Em meio à guerra comercial desencadeada pelas recentes medidas protecionistas anunciadas pelo governo Donald Trump — que até sexta-feira pretende aplicar sobretaxas que chegariam a US$ 60 bilhões contra a China — os governos do Mercosul e da União Europeia (UE) aproveitaram a reunião do G-20 em Buenos Aires para conversar sobre o demorado acordo de livre comércio entre os dois blocos. As posições, até o momento, são divergentes. O ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, assegurou que as negociações “estão bloqueadas”, mas reiterou a decisão do governo Macron de dar prioridade ao entendimento com o Mercosul. Mais otimista, o ministro espanhol, Román Escolano, assegurou que “esperamos superar os obstáculos que ainda existe nas próximas semanas”.
— Vamos eliminar os últimos obstáculos. Existe vontade de ambas as partes de chegar a um acordo — declarou Escolano, num intervalo das reuniões de ministros de Finanças do G-20.
Para o Brasil, o acordo com a UE é essencial, em momentos de o que está sendo chamado no encontro de Buenos Aires de uma nova “onda protecionista” no mundo. A posição do governo Temer foi defendida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que nesta terça se reunirá com o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e discutirá, entre outros assuntos, a sobretaxa de 25% aplicada pela Casa Branca às importações de aço.
— O protecionismo é objeto de discussão neste encontro — afirmou o ministro espanhol.
ASSUNTOS: Economia