Marun diz que governo não vai aceitar desidratar reforma da Previdência
BRASÍLIA - O novo ministro da Secretaria de Governo, prometeu conversar mais com parlamentares, inclusive fora de Brasília. Nesta sexta-feira, depois de tomar posse, Marun declarou que o governo não aceitará desidratar a em pontos que combatam os "privilégios". O ministro também disse que 37% da população apoia a reforma, mas sem detalhar essa pesquisa.
— Nós temos uma proposta que tem por objetivo tornar a Previdência menos desigual e combater os privilégios no atual sistema previdenciário. Nada que contrarie esses pilares basilares da reforma será incluído nela — disse, emendando que parlamentares que quiserem diluir ainda mais a proposta devem garantir também os votos.
O PSDB defende uma transição especial para servidores públicos que ingressaram no sistema até 2003. É justamente nos proventos dos servidores que o governo centra fogo ao falar de "privilégios". A despeito de terem fechado questão a favor da medida — quando uma legenda obriga, da maneira mais severa, a bancada a votar em um sentido —, os tucanos ainda não decidiram se punirão rebeldes, como costuma acontecer nesses casos.
De chegada à Secretaria de Governo, Marun prometeu intensificar diálogo com deputados e senadores. Ele cogitou até que representantes do ministério realizarem viagem a outros estados para fazer articulações.
— Temos que ter uma estrutura que receba parlamentares. Aqueles que têm demanda que precisam ser equacionadas — prometeu, completando:
— Essa é uma mudança que já estou decidido a fazer: organizar uma estrutura de diálogo com parlamentares. Terá um secretário. É possível que assessores trabalhem com regiões do país.
No discurso de defesa para a aprovação da reforma previdenciária, Marun citou pontos de que o governo teve de abrir mão como se fossem escolhas ou preocupações do Planalto com os mais pobres.
— O trabalho rural foi retirado da reforma, inclusive nesse objetivo de não atingir os mais humildes.
Marun citou pesquisa, sem dar detalhes, que aponta 37% de apoio popular à reforma previdenciária. O índice, segundo o ministro da articulação política, já foi de 10% e de 24%. Mais cedo, na posse, o presidente Michel Temer declarou que "boa parte da população" já endossa a reforma.
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