BUENOS AIRES - Em comunicado final, o G 20 assegurou nesta terça-feira que “a economia mundial nunca cresceu tanto de forma sincronizada desde 2010, mas persistem os riscos e é momento de tomar ações para ir contra os impedimentos ao crescimento e reduzir desequilíbrios”. A tão questionada “onda de protecionismo”, desencadeada segundo vários governos pela Casa Branca e sua decisão de sobretaxar as importações de produtos como aço e alumínio, não foi mencionada no comunicado.

“Discutimos aspectos chaves sobre o cenário e vulnerabilidades financeiras que poderiam surgir com o crescimento mais rápido do que o esperado”, disseram os países que participam do encontro em Buenos Aires.

No mesmo documento, os 22 ministros de Finanças que estiveram nas reuniões e debates na capital argentina afirmaram que “concordamos em continuar usando todos recursos para apoiar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo. Vamos implementar reformas estruturais para promover nosso potencial de crescimento. Politicas fiscais devem ser usadas de maneira flexível e amigável para o crescimento. Devemos priorizar investimento de alta qualidade enquanto estimulamos resistência financeira e econômica e o crescimento dos PIBs num caminho sustentável”.

O documento questionou as chamadas criptomoedas, tema em análise em vários países do mundo: “Os criptoativos podem levantar dúvidas sobre sonegação fiscal e lavagem de dinheiro… Os criptoativos não têm os atributos das moedas soberanas e poderiam até mesmo gerar instabilidade financeira”.

- Coincidimos que o comércio internacional é fundamental para o crescimento e ratificamos sobre a necessidade de continuar dialogando sobre essa questão - disse o ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne.

O presidente Mauricio Macri participou da última sessão de debates, no centro de convenções do bairro da Recoleta.