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Desemprego no segundo tri fica em 11,3%, maior taxa da série

Por Agência O Globo

29/07/2016 8h52 — em
Economia



RIO - A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano ficou em 11,3%, informou nesta sexta-feira o IBGE. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Continua mostrou que houve avanço frente aos 10,9% do primeiro trimestre do ano. A taxa é a maior da série iniciada em 2012. O resultado também acelerou com força em relação a igual período do ano passado, quando estava em 8,3%. O dado veio exatamente dentro das previsões de analistas, de acordo com levantamento da Bloomberg.

A população desocupada, somou 11,6 milhões, crescendo 4,5% frente ao primeiro trimestre, quando estava em 11,6 milhões. Ou seja, há mais 497 mil pessoas em busca de uma vaga. Já na comparação com o segundo trimestre de 2015 a alta é de 38,7%, com mais 3,2 milhões de desocupados.

A população ocupada soma 90,8 milhões de pessoas e não registrou variação frente aos três meses imediatamente anteriores. No confronto com o primeiro trimestre do ano passado, houve recuo de 1,5% no número de ocupados ou menos 1,4 milhão de pessoas.

O emprego formal, com carteira assinada ficou estável na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, com 34,4 milhões de trabalhadores nesta condição. Já em relação ao mesmo período de 2015, ocorreu um recuo de 4,1%, com menos 1,5 milhão de pessoas sob a proteção da formalização.

O rendimento médio real caiu 1,5% (R$ 1.972) entre abril e junho quando comparado com o período entre janeiro e março (R$ 2.002). Frente ao segundo trimestre de 2015, a queda foi mais intensa, de 4,2%, a R$ 2.058. Já a massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos somou R$ 174,6 bilhões, queda de 1,1% na comparação com os três primeiros meses de 2016 e de 4,9% ante igual período do ano passado.

Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada somaram 34,4 milhões de pessoas, ficando estável frente aos três meses anteriores. Na comparação com igual período do ano passado, foi registrado um recuo de 4,1%, ou 1,5 milhão de pessoas a menos nessa condição.

Já o total de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada cresceu 3,7% na passagem do primeiro para o segundo trimestre, a 10,1 milhões. Por outro lado, ficou estável em relação ao período de abril a junho de 2015.

Os trabalhadores domésticos totalizaram 6,2 milhões de pessoas, estável ante o primeiro trimestre deste ano, mas 3,7% maior do que em 2015, com 224 mil pessoas a mais nesta ocupação.

O setor público registrou aumento no número de trabalhadores de um trimestre para outro. Foram 324 mil pessoas a mais, ou 3%, formando um contingente de 11,3 milhões. Frente ao mesmo período do ano passado, a variação é estatisticamente irrelevante, de acordo com o IBGE.

O país se manteve com 3,7 milhões de empregadores no segundo trimestres, assim como no primeiro. Em relação a igual período de 2015, houve recuo de 7,3% ou 391 mil pessoas a menos.

No primeiro trimestre, a taxa de desocupação ficou em 10,9%. Já no trimestre encerrado em maio, a taxa avançou para 11,2%. O desemprego no Brasil vem subindo continuamente desde o fim de 2014. Os analistas acreditam que a taxa de desemprego deve continuar crescendo até meados deste semestre e pode chegar a mais de 13%. A geração de vagas deve ser retomada somente no primeiro semestre de 2017, preveem os analistas mais otimistas. Outros acreditam que o mercado vai demorar mais a se recuperar.

Na última quarta-feira, o Ministério do Trabalho divulgou que , de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número foi ligeiramente inferior ao registrado em junho do ano passado, quando foram fechadas 111.199 postos formais. No ano, são mais de meio milhão de postos de trabalho eliminados e chega a 1,765 milhão de vagas extintas.


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