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Desemprego bate recorde e fica em 11,6% no trimestre encerrado em julho

Por Agência O Globo

30/08/2016 8h52 — em
Economia



RIO - O desemprego no Brasil acelerou para 11,6% no trimestre encerrado em julho. A taxa é a maior da série iniciada em 2012. Um ano antes, a taxa havia ficado em 8,6%. No trimestre encerrado em abril de 2016, que serve como base de comparação, o desemprego já estava em 11,2%. O IBGE divulgou nesta terça-feira a taxa de desemprego de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

O número de desempregados também é o maior da série do IBGE e subiu para 11,8 milhões de pessoas, alta de 3,8% na comparação com o trimestre encerrado em abril de 2016, quando os que procuravam emprego somavam 11,4 milhões. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a alta foi de 37,4%, com um aumento de 3,2 milhões de pessoas na fila do desemprego.

Já a população ocupada foi estimada em 90,5 milhões, estável quando comparada com o trimestre de fevereiro a abril de 2016. Apesar de ter havido um decréscimo de 146 mil pessoas, o IBGE não considera esta queda estatisticamente significativa. O resultado, no entanto, mostra que a população ocupada voltou ao mesmo nível do primeiro trimestre de 2013.

Em comparação com igual trimestre do ano passado, quando o total de ocupados era de 92,2 milhões de pessoas, houve redução de 1,8% no grupo dos empregados, significando, aproximadamente, menos 1,7 milhão de pessoas nesse contingente.

O número de empregados com carteira assinada ficou em 34,3 milhões e também não apresentou variação estatisticamente significativa em comparação com trimestre de fevereiro a abril de 2016. No entanto, frente ao trimestre de maio a julho de 2015, houve queda de 3,9%, correspondente a uma perda de 1,4 milhão de pessoas com carteira assinada.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi estimado em R$ 1.985. Ficou estável frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016 (R$ 1.997) e caiu 3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.048). Assim como a população ocupada, o nível de rendimento voltou ao patamar do primeiro trimestre de 2013.

A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos somou R$ 175,3 bilhões e não mostrou variação significativa em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016. No entanto, recuou de 4% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

Quando analisada a posição na ocupação, em relação ao trimestre encerrado em abril, a população dos empregados no setor privado com carteira, no setor privado sem carteira, no trabalho doméstico, assim como empregador e trabalhador familiar auxiliar ficou estável. Já o grupo de empregados no setor público teve alta de 1,4% e os trabalhadores por conta própria tiveram queda de 1,5%.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a estabilidade foi verificada apenas no grupo de empregados no setor privado sem carteira, no de trabalho doméstico e no setor público. O grupo de empregados no setor privado com carteira teve redução de 3,9% em seu contingente, o de empregadores queda de 4,6% e o trabalhador familiar auxiliar ficou 22,8% menor. O único contingente que cresceu na passagem de ano foi o do trabalho por conta própria, alta de 2,4%.

Na semana passada, o Ministério do Trabalho divulgou os dados sobre emprego com carteira em julho. O país fechou mês passado com 94.724 postos de trabalho com carteira assinada a menos do que no mês anterior. Foi o 16º mês consecutivo de saldo líquido negativo do mercado formal de trabalho. No mesmo período de 2015, foram eliminados 157.905 empregos com carteira assinada, o que foi o pior resultado da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, iniciada em 1992.

Apesar do ritmo menor das demissões neste ano, entre janeiro e julho, já foram fechadas 623.520 vagas, considerando dados ajustados. O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses, foi registrado o corte de 1,7 milhão de vagas com carteira assinada.


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