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Cientista de dados: o profissional que vai analisar as atividades na rede

Por Agência O Globo

24/07/2016 3h52 — em
Economia



SÃO PAULO - Estão na internet hoje 3,4 bilhões de usuários, navegando em mais de 1 bilhão de páginas on-line. Em apenas 15 segundos são registradas meio milhão de buscas no Google e 100 mil posts são publicados no Twitter. Essa montanha de informações é campo de trabalho do cientista de dados, profissão considerada a mais “sexy” deste século pela revista “Harvard Business Review”.

As empresas que investem na análise de têm empenhado muito esforço para garimpar profissionais deste tipo no mercado. Para se ter uma ideia da escassez dos profissionais neste ramo, segundo estimativas da consultoria McKinsey, em 2018, só no mercado americano haverá um déficit de 190 mil pessoas com habilidade de análise, e 1,5 milhão de gestores aptos a tomar decisões com base em relatórios gerados por esses sistemas.

Ainda sem um curso de graduação específico para a atividade, os profissionais que exercem a função são formados em tecnologia da informação ou assuntos relacionados ao uso do computador. Eles são jovens de até 30 anos, em média, com mestrado ou doutorado em matemática, inteligência artificial ou estatística. O carioca Diego Rodrigues é um deles.

— Entrei no mercado de em 2008, no meu último período de faculdade quando fiz um trabalho sobre o uso de redes neurais para tentar prever jogadas de futebol americano — contou.

Além de cientista de dados, Rodrigues joga futebol americano no Vasco. O trabalho iniciado na faculdade também é tema de seu doutorado, que está em fase final. A ideia é, a partir do cruzamento de dados de histórico dos jogadores e de vídeos, conseguir melhorar a performance dos atletas.

Ele toca a tese de doutorado nas horas em que não está no trabalho, na empresa de desenvolvimento de tecnologia MAiS Partners, com sede na zona Sul. No escritório, ele desenvolve algoritmos sob medida aos clientes.

Perguntado sobre se, como conhecedor dos dados, evita deixar rastros na rede, ele diz que não:

— Temos de ter consciência de que estamos o tempo todo sendo monitorados. O tempo todo estão capturando nossos cliques, em toda parte. Mas o cidadão moderno tem que entender que há um bom uso dos dados.

Ele se classifica como um “usuário branco”, termo usado para definir o internauta que não se esconde em navegação subterrânea.

Rodrigues desconstrói o imaginário de que o cientista de dados trabalha em ambiente ultramoderno, com mil telas de computador e hologramas.

— A ferramenta de trabalho é um computador com alguns programas específicos instalados — afirmou.


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