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Ex-modelo da Playboy vai à Justiça para falar de caso extraconjugal com Trump

Por Portal Do Holanda

23/03/2018 7h27 — em
Mundo


Foto: Reprodução Facebook

NOVA YORK — Uma ex-modelo da Playboy que afirma ter tido um caso com o presidente Donald Trump entrou com um processo na Califórnia, nesta terça-feira, para ser liberada de um acordo legal que exige seu silêncio a respeito de uma suposta relação extraconjugal com o mandatário americano. Karen McDougal entrou com uma ação no Tribunal Superior de Los Angeles contra a American Media Inc, editora do National Enquirer, que pagou US$ 150 mil em 2016 para que ela não comentasse o assunto, de acordo com uma cópia da ação fornecida por seu advogado, Peter Stris. O dono da American Media, David Pecker, é amigo de Trump.

A ação acontece um mês após a revista "New Yorker" publicar reportagem sobre o suposto caso e apontar uma ação da American Media Inc para pagar a McDougal direitos exclusivos sobre sua história, jamais publicada. O objetivo de David Pecker seria enterrar de vez a história, evitando que fosse publicada por outro jornal ou revista, o que poderia prejudicar a perfomance do republicano na eleição de 2016.

Em um comunicado, Mcdougal, que foi Playmate do ano de 1998 na revista "Playboy", afirmou ter sido enganada pela American Media:

"A AMI mentiu para mim, fez promessas, por várias vezes me intimidou e manipulou. Eu só quero a oportunidade de esclarecer as coisas e seguir em frente com minha vida, livre desta empresa, de seus executivos e de seus advogados", disse ela.

Segundo a ex-modelo, após a reportagem da "New Yorker" ter sido publicada no mês passado, ameaças foram feitas pela AMI: "Quaisquer revelações futuras violarão o contrato da Karen e provocarão danos financeiros consideráveis", diziam as mensagens, segundo a defesa de McDougal.

Em resposta para o New York Times, o advogado da ex-modelo acusou a AMI de praticar um "esforço para silenciar Karen McDougal":

"A ação movida hoje deseja restaurar o direito dela ter sua própria voz. Queremos anular o tal contrato com a Marican Media Inc imposto à Karen para que ela possa continuar com sua vida pessoal", diz Stris em um comunicado.

De acordo com o relato escrito pela modelo, Trump se interessou por ela numa gravação do seu reality show, "O Aprendiz", na mansão da Playboy de Los Angeles em 2006. Pediu o seu telefone, e os dois começaram a conversar regularmente. Pouco tempo depois, saíram para o seu primeiro encontro num restaurante do Beverly Hills Hotel.

Com o tempo, Karen diz que começou a encontrá-lo sempre que o magnata viajava a Los Angeles. E, mais tarde, teria passado a viajar com ele para eventos públicos pelo país. Além disso, teria sido apresentada a familiares de Trump e a se hospedar nos seus imóveis. No entanto, ao longo da relação, houve momentos, segundo a modelo, em que Trump a ofendeu com comentários inapropriados.

Segundo a modelo, foi ela quem terminou o caso com Trump em abril de 2007, porque se sentia culpada, além de estar incomodada com atitudes do magnata que julgou desrespeitosas.

A atriz de filmes adultos Stormy Daniels, cujo nome real é Stephanie Clifford, processou o presidente em 6 de março, afirmando que Trump nunca assinou um acordo para mantê-la em silêncio sobre uma relação extraconjugal "íntima" entre eles. Daniels recebeu US$ 130.000 sob esse acordo.

No início desta semana, o escritório de advocacia representando Trump e a corporação que pagou Daniels disseram em um processo judicial que estavam buscando pelo menos US$ 20 milhões em indenização por violações do acordo de confidencialidade.


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