O deputado estadual José Ricardo Wendling (PT) voltou a se manifestar sobre o transporte coletivo, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), após nova paralisação dos rodoviários na manhã desta segunda-feira (26). “Está virando rotina o anúncio de greve no transporte público. Os problemas são os mesmos. As empresas não estão cumprindo o direito do trabalhador, além de prestarem um serviço ruim à população. Falta gestor para resolver esse caos no sistema”, declarou.

Para ele, a Prefeitura de Manaus deve intervir no sistema e o Governo do Estado tem a obrigação de ajudar e de cobrar a contrapartida pelos anos de incentivos e subsídios concedidos no transporte. “Uma das soluções seria passar a limpo o sistema de transporte e a CPI do “Transporte e da Farra do Diesel” se propõe a isso. Porém, as bancadas ligadas ao Governo e à Prefeitura, que seriam os responsáveis por apresentar uma solução, querem manter um caos no transporte, não permitindo a instalação da CPI”.

José Ricardo ingressou com Mandato de Segurança junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) para suspender a decisão do então presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) de submeter o requerimento de CPI à análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e adiar a instalação das investigações. Na Ação, ele também solicita que a Justiça determine que a Assembleia faça a instalação da CPI. “Arquivar a CPI foi uma manobra armada dos deputados governistas que só irá prejudicar a população da cidade”.

E disse mais: “a frota de ônibus continua envelhecida, sem renovação, mostrando que os empresários do setor não se preocupam com a realidade da cidade. E o resultado disso também vemos em dias de paralisação. Cidade parada por falta de coletivos, tirando o direito de ir e vir das pessoas, que precisam trabalhar, estudar e resolver os problemas do dia a dia. No final, quem sofre é a população e os trabalhadores”, disparou.

Deputado cobra da SSP prioridade na segurança das escolas

José Ricardo cobrou da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) que priorize a segurança nas escolas públicas, que hoje não têm vigilância armada. Hoje, ele citou mais um assalto no ambiente escolar, desta vez na Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira, localizada no Ajuricaba. “Essa escola é mais uma vez vítima dos bandidos, que renderam alunos e professores. Vai fazer um ano em que a professora Rocicleide foi assassinada, vítima de latrocínio, quando saía dessa unidade de ensino. Um absurdo”.

Ele afirmou que é gritante a falta de segurança nas escolas. “O Estado retirou os vigilantes e as escolas estão à mercê da bandidagem. Segurança pública é uma das grandes preocupações da população, que sofre com a crescente onda de violência. Espero que a Secretaria de Segurança atue com urgência nas unidades de ensino”, frisou.