Sul-africana matou os três filhos deficientes e será internada em hospital psiquiátrico
Tania Clarence, 42 anos, não será julgada por homicídio doloso, conforme determinou a Justiça britânica sobre a morte por asfixia dos seus três filhos, Olivia, de 4 anos, e dos gêmeos de 3 anos de idade, Ben e Max.
A mulher, que tentou cometer suicídio logo após o crime, será provavelmente enviada a uma instituição psiquiátrica, num caso que chocou os ingleses.
"Não há dúvidas que Tania matou seus três filhos, mas ela queria acabar com seu sofrimento. Na época em que cometeu o ato, não podia ver nenhuma outra alternativa para sair desse sofrimento ", declarou o promotor público, Zoe Johnson.
A sentença vai sair dia 14 de novembro e ela deverá ser encaminhada para um hospital psiquiátrico.
No dia 22 de abril, a sul-africana sufocou seus três filhos até a morte, após seu marido, Gary, de 43 anos, ter viajado com a filha mais velha do casal à África do Sul. Taya, de 8 anos, foi a única a não nascer com problemas. As outras três crianças portavam uma doença genética chamada de atrofia muscular espinhal, que pode reduzir drasticamente a expectativa de vida, além de deixar as crianças com pouco controle sobre seus movimentos.
A crianças foram encontradas mortas em suas camas pela babá. Assim que descobriram, a sul-africana foi detida e levada a um hospital da região. Ela descobriu a doença da filha Olivia quando estava grávida dos gêmeos.
Tania deixou o emprego de como designer gráfica para cuidar dos filhos em tempo integral. A família se mudou para New Malden no ano passado, depois de gastar cerca de £ 1 milhão (quase R$ 4milhões) em obras para adaptar a casa às crianças.
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