Vereadores aprovam impeachment de prefeito por causa de ciclovia
Por oito votos a favor e dois contrários, a Câmara de Vereadores de Montenegro, no Vale do Caí, aprovou o impeachment do prefeito Paulo Azeredo (PDT). Na mesma sessão, encerrada no início da tarde desta segunda-feira, o até então vice-prefeito, Luiz Américo Alves Aldana, que está sem partido, foi empossado como prefeito.
Em 142 anos, é a primeira vez que o município tem o mandato do chefe do Executivo cassado. Azeredo ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O processo de impeachment foi aberto por supostas irregularidades na construção de uma ciclovia. Uma comissão investigou a obra, na Rua Capitão Cruz, uma das principais vias da cidade, e constatou falta de projeto e de responsável técnico e aquisição de materiais sem licitação. O relatório condenou o prefeito em cinco das sete denúncias e indicou a perda do mandato.
No domingo, o então prefeito havia ingressado com mandado de segurança sob o argumento de que não fora intimado sobre a sessão. A Câmara entrou com um agravo no Tribunal de Justiça, que foi julgado na madrugada de segunda-feira e conseguiu garantir a realização da sessão.
O presidente do PDT estadual, deputado federal Pompeo de Mattos, acompanhou a votação em Montenegro. No Twitter, declarou que o impeachment do prefeito é "um absurdo jurídico" e se declarou indignado com o que chamou de "injustiça". A um jornal local, Mattos disse que o partido vai recorrer da decisão em Brasília.
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