Veja o que Dilma disse em sua defesa contra o impeachment diante do Senado
Acompanhada pelo ex-presidente Lula, Dilma Rousseff chegou no Senado e foi recebida por apoiadores que a entregaram flores. Veja como foi a chegada dos dois:
Marcado inicialmente por grande expectativa, o depoimento da presidente de Dilma Rousseff no julgamento do impeachment começou às 8h40 (horário de Manaus) sob a presidência do Ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski.
Ao realizar a saudação inicial, o Ministro que preside o julgamento pediu para que Renan Calheiros introduzisse a presidente Dilma para seu depoimento. Acostumada a sentar na parte central da mesa do Senado, a presidente acabou sendo convidada a mudar de cadeira e conduzida para a da ponta, onde ficou ao lado do advogado de defesa Cardoso.
Em seu discurso inicial, Dilma lembrou os votos que recebeu e o juramento que fez na posse. Com isto, afirmou ter respeitado estes compromissos. “Jamais atentaria contra o que acredito ou praticaria atos diferente da expectativa daqueles que me elegeram”, disse.
Alfinetou dizendo não ser traidora e lembrou dos tempos em que sofreu tortura. “Quem acredita, luta”, disse, afirmando que a exemplo do passado resistiria diante daquilo que chamou de “gosto amargo da injustiça”.
Disse ainda ter a consciênciaa tranquilo diante do que fez e é por isto que não teve problemas em ir até o Senado, reafirmando que as acusações eram injustas, relembrando em seguida os casos de golpe registrados na história do Brasil.
Caracterizou como trama e pretextos as teses que defendem o impeachment e chamou o governo interino de usurpador, apontando que não possui mulheres entre ministros ou negros.
“O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos”, afirmou lembrando de algumas obras e programas de seu governo e a de Lula.
Defendeu que não se pode afastar um presente pelo conjunto da obra, já que a autoridade para isto é do povo nas eleições.
Insistindo que o ato se trata de um golpe, Dilma rebateu as acusações feitas na ação inicial dizendo que as edições dos decretos complementares foram feitos dentro da legalidade e para não deixar programas básicos para a população serem interrompidas.
“Um clamoroso desvio de poder” disse ela chamando a atenção de que o processo de impeachment está dentro em sua forma daquilo que a Constituição diz, porém sem sentido quanto ao seu conteúdo.
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