Senado discute se "hoje" será "oje" e se "chuva" será "xuva"
De acordo com o site do Senado Brasileiro, a Comissão de Educação do Senado está desenvolvendo um projeto que pretende mudar algumas regras da língua portuguesa. Os senadores vão propor alterações para simplificar a ortografia e facilitar o ensino e a aprendizagem da escrita.
Segundo Ernani Pimentel, diretor do grupo técnico da comissão, o objetivo é criar um sistema que tenha um menor número de regras e exceções tornando o ensino mais econômico e prático, pois o aprendizado seria mais eficaz, em menor tempo e sem necessidade de decorebas. Para justificar essa mudança, Pimentel argumenta: “Quase ninguém sabe a ortografia em nosso País. Encontrar quem saiba usar hífen, j, g, x, ch, s, z, é algo raro. Até professores precisam recorrer a dicionários para confirmar como se escreve uma palavra ou outra, de tão complexo que é o nosso sistema”.
Portanto, algumas das mudanças que estão sendo propostas são:
• Exclusão da letra “h” no início das palavras, porque ela não é pronunciada. Exemplos: oje, ora, elicoptero, istória, ipopótamo, omem.
• Exclusão da letra “u” junto com “q” ou “g”, porque ela não é pronunciada. Exemplos: porqe, aqilo, gerra, gitarra, qeijo.
• Substituição do “ch” por “x”, já que ambos têm o mesmo som. Exemplos: flexa, maxo, xá, xocolate, xiclete.
• Substituição de “ç” por “s”, já que ambos têm o mesmo som. Exemplos: moso, asúcar, pescoso.
• Substituição de “s” por “z”, onde “s” tenha som de “z”. Exemplo: bluza, aza, analizar, Brazília, ezuberante,
baze, avizar.
• Substituição dos dígrafos “SS”, “SÇ”, “SC”, “XC” e “XS” pela letra “s”. Exemplos: agresão, demisão, discusão, naso, creso, deso, consiência, desender, fasículo, esêntrico, esedente, esepcional, esudar.
Além disso, o projeto pretende unificar a língua para todos os países que falam português. Já estão sendo realizadas videoconferências com professores especialistas da área de Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde para depois colocar o projeto em votação. Caso aprovado, as novas regras poderiam entrar em vigor em 2016.
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