Um policial militar matou uma vizinha e deixou outras duas pessoas feridas na noite de domingo (22), na região do Jaçanã, zona norte de São Paulo. Entre os feridos está uma grávida de seis meses.

Após o crime, o cabo Gilson Teixeira de Souza se entregou e foi preso. No fim da manhã, Gilson foi levado ao presídio militar Romão Gomes. De acordo com testemunhas, os vizinhos tinham um desentendimento há um ano porque uma irmã do militar teria invadido um imóvel dos vizinhos.

Celular de Jurema Cristiane ficou completamente destruído.

Briga
A briga entre os vizinhos aconteceu na noite de domingo (22). O policial Gilson Teixeira de Souza e o filho de Jurema Cristiane Bezerra da Silva, vizinha morta durante a briga, estavam discutindo na rua.

Jurema saiu para verificar o que estava acontecendo e resolveu usar o celular para filmar a discussão. Revoltado, o policial militar atirou ao menos três vezes contra a mulher, que foi atingida no peito e morreu antes de chegar ao hospital. Um dos tiros atingiu o celular, que ficou completamente destruído.

Feridos
O irmão de Jurema, um adolescente de 17 anos, levou um tiro de raspão. Gabriela Rocha, 18 anos, que estava grávida, também ficou ferida.

Baleada no rosto e na barriga, a grávida foi levada para o Hospital São Luiz Gonzaga em estado grave.

O parto da mulher foi antecipado e tanto ela quanto o bebê, que nasceu prematuro, sobreviveram. A menina, que nasceu aos seis meses, foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O estado de saúde da jovem e da bebê é considerado regular.

No hospital, o marido da jovem disse que o policial seguiu o grupo durante o trajeto até o hospital e ainda tentou dificultar o socorro da grávida. "Ele veio de lá até aqui me fechando", contou o rapaz.