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Pelo segundo dia consecutivo, ato pró-Dilma acaba em violência em São Paulo

Por Agência O Globo

30/08/2016 21h26 — em
Brasil



SÃO PAULO — Pelo segundo dia consecutivo, na noite desta terça-feira, estudantes e militantes de partidos como PT e PCdoB fecharam um dos sentidos da Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e saíram em caminhada pelo centro da cidade até que um confronto entre manifestantes e PM eclodiu no Lago do Arouche. Na e na protestos já tinham terminado em violência na capital paulista. Dessa vez, pelo menos dois policiais ficaram feridos e quatro manifestantes foram detidos e encaminhados ao 3ºDP. No bolso de um deles, a PM encontrou pedras.

A confusão começou por volta das 21h30, quando uma bomba estourou em meio aos manifestantes. Um grupamento da Força Tática tentou dispersar o ato com gás pimenta e foi atacada com pedras, pedaços de vidro e paus. Ao longo de toda a manifestação, cuja concentração começou com cerca de 200 pessoas no vão livre do MASP às 18h, havia um grupo numeroso de pessoas com rostos cobertos, conhecidos como Black Blocs, e uma das lideranças do ato chegou a sugerir “confronto” em discurso ainda na Paulista. A maior parte do ato, no entanto, transcorreu pacificamente, com palavras de ordem a favor de Dilma e contra o presidente interino Michel Temer.

A passeata chegou a ocupar a Praça Roosevelt, onde houve empurra-empurra, mas sem que a PM agisse, e fechou também a Rua da Consolação. No momento do confronto, o ato seguia em direção ao jornal “Folha de S. Paulo”, no centro de São Paulo.

Em páginas nas redes sociais, os organizadores do ato escreveram que é hora de "dar início ao fim da paz dos golpistas".

"Vamos iniciar a primavera democrática (em referência à “primavera Árabe”), devemos a ir guerra armados de coragem, energia e com o amor pelo nosso país no peito. Queremos paz, mas se querem guerra, devemos mostrar que sabemos fazê-la", afirma a convocação do ato.

Ainda na Paulista, enquanto o ato estava pacífico, pelo menos duas pessoas usaram as filas policiais para insultar a presidente e provocar os manifestantes sem serem agredidos. Um deles, o segurança Guilherme Neres, de 22 anos, culpou Dilma por ter perdido o emprego. Uma mulher que carregava uma bandeira do Brasil tentou passar pelo meio da manifestação e foi impedida pelos policiais.


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