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No Rio, propaganda na TV mostra impacto de mudança nas regras eleitorais

Por Agência O Globo

26/08/2016 13h52 — em
Brasil



RIO — A disparidade entre os candidatos a prefeito do Rio na capacidade de investimento em produção audiovisual marcou a estreia da propagada na televisão nesta sexta-feira e também deixou evidente que as mudanças nas regras eleitorais, especialmente a proibição de financiamento empresarial, colocadas em prática nesta eleição tiveram impacto nas campanhas. Se, por um lado, o candidato Pedro Paulo (PMDB), apoiado pelo prefeito Eduardo Paes, pôde apresentar com tranquilidade e maior qualidade técnica suas propostas e biografia, do outro, os demais candidatos optaram por campanhas mais simples e os que tiveram poucos segundos no ar aproveitaram para redirecionar suas audiências a outro importante canal de divulgação: as redes sociais.

Com a vantagem de ser o candidato do atual prefeito e de ter o maior tempo disponível de TV, Pedro Paulo foi o único a exibir uma propaganda “cinematográfica”, utilizando diversos efeitos especiais e de edição. O candidato ressaltou legados da gestão de Paes, principalmente associados à Olimpíada. Na disputa do Rio, Pedro Paulo tem a maior arrecadação de campanha e dispõe de três minutos e trinta segundos de inserção na TV, quase dois minutos a mais que Jandira Feghali (PCdoB), que tem o segundo maior tempo na televisão.

A deputada federal abordou o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, classificado como “golpe”, e contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com uma propaganda repleta de jovens, Jandira também falou sobre o passe livre social.

Líder em recentes pesquisas de intenções de voto, Marcelo Crivella apareceu no Parque Olímpico e, apesar de reconhecer o sucesso dos Jogos, fez críticas ao seu legado e à “maquiagem” feita em zonas mais nobres da cidade. “É uma pena que os hospitais não funcionem para a população como funcionaram para os atletas”, afirmou na propaganda que foi ao ar nesta sexta-feira.

A participação de Marcelo Freixo (PSOL), Flávio Bolsonaro (PSC) e Alessandro Molon (Rede), por sua vez, foi marcada pela passagem relâmpago. Freixo, que tem apenas onze segundos de propagada, convidou os eleitores a procurarem as redes sociais. Bolsonaro usou da mesma estratégia, ressaltando a questão da segurança pública, enquanto Molon focou na necessidade de fomentar a economia criativa no Rio.


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