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Manifestantes e policiais entram em confronto durante protesto contra Impeachment

Por Agência O Globo

29/08/2016 20h26 — em
Brasil



SÃO PAULO — Manifestantes a favor da presidente afastada, Dilma Rousseff, entraram em confronto com a Polícia Militar, durante protesto na tarde desta segunda-feira, na Avenida Paulista, em São Paulo. Enquanto os PMs lançavam bombas de efeito moral, ativistas respondiam jogando garrafas de vidro. O ato, organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ocorreu no momento em que Dilma se defendia no processo de impeachment no Senado.

O grupo, de cerca de 800, pessoas segundo a PM, se reuniu na Praça do Ciclista e caminhou na direção do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Ao chegar ao local, onde havia um cordão de isolamento da Polícia Militar, alguns manifestantes tentaram passar pelos agentes, que lançaram duas bombas de efeito moral. Depois de muita correria, parte do grupo que protestava começou a jogar garrafas de vidro contra os PMs, que também dispararam balas de borracha.

O clima ficou bem tenso, e grupos a favor da saída de Dilma ainda provocaram os participantes do protesto, causando algumas discussões. Enquanto os manifestantes favoráveis a Dilma também começaram a juntar lixo pela Paulista e a atear fogo.

O confronto entre a PM e os manifestantes recomeçou pelo menos três vezes. Por volta das 20h, o trânsito foi sendo liberado e o grupo diminuiu. Não há registro de feridos. Pelo menos um homem foi preso.

A presença da presidente afastada Dilma Rousseff na tribuna do Senado também estimulou manifestações no Rio e em Brasília.

No Rio, um ato convocado pela Frente Brasil Popular começou na Praça Pio X, onde fica a Igreja Nossa Senhora da Candelária, e às 18h45m partiu para a Avenida Rio Branco. O trânsito foi interrompido no local. Uma composição do VLT ficou parada na Estação Candenlária por cerca de dez minutos enquanto o grupo passava.

Embora manifestassem apoio à presidente Dilma, líderes sindicais e estudantis reivindicaram novas eleições em seus discursos. Os gritos “Fora, Temer” foram frequentes. Entre as pautas dos pronunciamentos, também apareceram assuntos que não estavam relacionados ao impeachment — iam desde a violência contra travestis e transsexuais à possibilidade de privatização da Cedae.

Em Brasília, um protesto contra o impeachment reuniu 1.500 pessoas na Esplanada dos Ministérios, de acordo com uma estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal. Os militantes carregaram bandeiras, faixas e cartazes com mensagens de apoio à presidente Dilma Rousseff e contra o governo de Michel Temer.

Marchinhas foram improvisadas para falar do “aeroporto do Aécio”, em menção à denúncia da construção de um aeroporto pela gestão do tucano nas terras de um parente em Minas Gerais e para questionar a legitimidade do governo Temer, em função de não ter sido eleito.


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