Lewandowski diz que se sente como piloto de avião enfrentando turbulências
BRASÍLIA — Ao responder reclamação de aliados da presidente afastada Dilma Rousseff, irritados com senadores da base que não estão fazendo perguntas à testemunha da defesa Geraldo Prado, o presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski disse que se sentia como um piloto de boeing se desviando de várias turbulências. O líder da Minoria, Lindbergh Farias (PT-RJ), e outros senadores da oposição, protestava contra a mudança da regra de que os senadores que pedissem a palavra deveriam fazer uma pergunta no final, e não apenas fazer discurso.
— Quando você está pilotando um boeing e se depara com uma tempestade, você desvia. Eu me sinto aqui como um piloto de boeing que já desviou de várias turbulências — respondeu Lewandowski.
— Mas vossa excelência decidiu contra a gente! Não podia falar sem fazer pergunta. Isso foge do que foi combinado antes de que todo mundo que falasse tinha que fazer uma pergunta — protestou Lindbergh .
Lembrando a confusão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lewandowski disse então que o combinado acabou não dando certo.
— A situação fática mudou. O que houve de manhã comprovou que o que combinamos não deu certo — respondeu o ministro.
Lindbergh e os senadores da oposição também reclamaram da ausência de senadores da base no plenário durante a arguição de Geraldo Prado. Mas Lewandwski leu o regimento dizendo que o quórum da sessão estava mais do que assegurado.
— Isso é um completo absurdo. O senador Lindbergh quer agora que os senadores, juízes, fiquem enclausurados no plenário como as testemunhas — reclamou Cássio Cunha Lima.
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