EUA pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Venezuela
Os Estados Unidos pediram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para debater a crise na Venezuela, anunciou nesta quinta-feira, 24, a missão americana ante as Nações Unidas. Segundo diplomatas, o secretário de Estado, Mike Pompeo, deve falar sobre a situação do país em uma reunião a portas fechadas.
Na quarta-feira, Washington reconheceu o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e pediu para que outros países fizessem o mesmo. O presidente Nicolás Maduro respondeu cortando os laços diplomáticos com os EUA e ordenou a expulsão dos diplomatas americanos.
Ainda nesta quinta-feira, Pompeo pediu em Washington que os países da Organização dos Estados Americanos (OEA) reconheçam Guaidó como presidente interino da Venezuela.
A OEA já reconheceu Guaidó como presidente interino declarando ilegítimo o governo Maduro, mas nem todos os países que fazem parte do órgão adotaram a mesma decisão, como o México.
Pompeo participou da reunião do Conselho Permanente da organização e, em pronunciamento, disse que a decisão de reconhecer o líder oposicionista como presidente “não aconteceu do dia para a noite”. Ele ainda anunciou que os EUA estão dispostos a fornecer mais de US$ 20 milhões de ajuda humanitária aos venezuelanos.
O encontro do Conselho Permanente do órgão estava marcado desde o início da semana, diante das notícias sobre as manifestações marcadas para quarta-feira. No último da 10, o órgão aprovou uma resolução que não reconhecia o governo de Maduro. No total, 19 países foram favoráveis ao texto contra o regime do venezuelano, 6 foram contrários, 8 se abstiveram e 1 esteve ausente.
A expectativa dos integrantes da OEA era de que, com os protestos, a pressão se intensificasse sobre Maduro também no órgão – com novos países aderindo à resolução. A declaração dos EUA e países que fazem parte da OEA como EUA, Brasil, Peru e Colômbia de reconhecimento a Guaidó como presidente interino, no entanto, antecipou a pauta da OEA.
A reunião de hoje aumenta a pressão para que países que têm sido complacentes com o regime de Maduro concordem em isolar o venezuelano diplomaticamente.
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