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Delator diz que propina pagou viagem e artigos de luxo da esposa de Collor

Por Portal Do Holanda

24/05/2016 9h37 — em
Brasil



Brasília - A mulher do senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) é a mais nova denunciada por suposto envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O nome de Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello foi incluído num pedido de aditamento no mesmo inquérito que investiga o senador por comprar carros de luxo pagos com propina. 

O pedido de aditamento foi feito na segunda-feira, 21, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caso aceite o aditamento à denúncia, Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, deverá pedir para que a defesa de Caroline se manifeste sobre o caso. 

Carros de luxo. Em agosto do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Collor ao Supremo pela suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. A denúncia aponta um "sofisticado esquema" de lavagem de dinheiro através da compra de pelo menos cinco carros de luxo, com verba oriunda de propina. 

Os carros chegaram a ser apreendidos pela Polícia Federal, mas foram devolvidos ao senador em outubro. O Supremo admitiu Collor como fiel depositário de quatro dos cinco carros - um Lamborghini, um Bentley, um Range Rover e uma Ferrari. 

Apenas um Porsche Panamera não voltou à residência do senador.  De acordo com Zavascki, Collor não apresentou um termo de concordância da empresa GM Comércio de Combustível Ltda, em nome de quem está registrado o veículo. 

Os carros foram financiados no Bradesco pela Água Branca Participações, segundo registros do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A empresa, com capital social de R$ 1,3 milhão, tem sede numa casa do Jardim Europa, área valorizada de São Paulo. O senador e a mulher, Caroline, constam como sócios.

Collor é investigado em cinco inquéritos na Lava Jato, incluindo o processo pelo qual ele e a mulher foram denunciados.  Todos eles tramitam atualmente em sigilo no Supremo. 

Além do inquérito envolvendo os carros de luxo, o senador também foi denunciado em outro processo, por suposta participação criminosa relacionada à BR Distribuidora. Segundo a PGR, a divisão era voltada principalmente ao desvio de recursos em proveito particular de Collor, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro.


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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