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Confirmado como candidato, Haddad diz que país vive retrocesso

Por Agência O Globo

24/07/2016 17h52 — em
Brasil



SÃO PAULO - Ao ser homologado candidato à reeleição pelo PT em convenção neste domingo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que o país “vive um retrocesso”.

— O que está em jogo nesta eleição é muito mais do que um partido, é muito mais do que um candidato. O que está acontecendo no país é um retrocesso do ponto de vista civil, do ponto de vista político, do ponto de vista trabalhista e do ponto de vista social. Se a gente não tiver consciência disso, não vamos para rua com a energia necessária para ganhar a eleição — disse Haddad, sem seu discurso.

Após a convenção, em entrevista, o prefeito afirmou acreditar que as “conquistas sociais” estão ameaçadas desde a chegada de Temer ao poder.

— As propostas que estão sendo feitas de mudança legislativa vão na contramão do que acredito seja um país mais justo. Então, imagino que isso sim seja um retrocesso.

Indagado se teme que a nacionalização do debate na eleição paulistana, o prefeito respondeu:

— Estou preparado para qualquer debate. Todo debate me interessa, sobretudo o de natureza moral. Esse tema me interessa particularmente — afirmou o prefeito, que citou o combate à corrupção de fiscais da prefeitura empreendida por sua gestão.

Pré-candidatos a presidente em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) foram ovacionados no evento. Já a presidente afastada não compareceu e apenas enviou um carta, lida aos militantes. No texto, Dilma disse que o “Brasil golpista e o Brasil democrático estarão duelando na eleição de outubro em São Paulo”.

Questionado se terá Dima em seu palanque, Haddad evitou uma resposta direta, disse que a participação dependerá dela e que “não se pode constranger um presidente a fazer ou não campanha”.

Os militantes chegaram a gritar em coro: “fora Temer”. Camisetas e cartazes contra o presidente interino também tiveram destaque na plateia do ato petista.

Em seu discurso, Lula afirmou que a eleição deste ano será a mais difícil da história do PT na cidade. Também se colocou a disposição para participar da campanha, mas alertou que é preciso fazer pesquisas para definir onde ele deve ir.

— Se você tiver uma mala e essa mala for negativa não leve essa mala — disse o ex-presidente, que viu a sua popularidade cair no último ano, depois que passou a ser investigado pela Lava-Jato.

O ex-presidente também orientou os militantes a não “baixarem a cabeça” enquanto estiverem fazendo campanha para Haddad.

— Não poder aceita desaforo, não pode aceitar ser chamado de ladrão. Ladrão eles sabem quem é.


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