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Brasil jamais fechará portas para venezuelanos, diz ministro das Relações Exteriores

Por Agência O Globo

19/02/2018 10h02 — em
Brasil



BRASÍLIA - Em evento para discutir a contribuição da na questão dos, o ministro das , , repetiu as palavras do presidente e disse que o Brasil não vai fechar suas portas aos venezuelanos que fogem da crise em seu país. A maioria está em , que faz fronteira com a . Mas a grande presença dos imigrantes está sobrecarregando os serviços públicos locais.

Segundo Aloysio, autoridades estaduais e federais, além de organismos internacionais e entidades da sociedade civil, estão procurando dar uma resposta ao grande fluxo de venezuelanos em Roraima.

— O presidente Temer, cumprindo a legislação brasileira, vem mobilizando o governo, em especial o Ministério da Justiça, para regularizar a situação dos venezuelanos com a maior urgência. E reiterou que o Brasil jamais fechará suas portas para os venezuelanos que buscam o país — disse Aloysio.

Na segunda-feira da semana passada, em visita a Roraima, Temer disse:

— Ninguém vai impedir os refugiados para cá, porque ainda me recordo que no discurso que fiz na ONU (Organização das Nações Unidas), em 2016, uma das questões básicas era a questão dos refugiados, e eu disse que o Brasil jamais se recusaria a receber refugiados.

Nesta segunda-feira, no evento realizado no Itamaraty, Aloysio destacou a tradição do Brasil de receber gente de fora e sua própria experiência durante a ditadura militar.

— Eu mesmo vivi muitos anos na condição de refugiado, na França, por causa da ditadura. Eu sei o que é viver no exílio. Eu sei que é uma ferida que não se fecha. Mas também sei como é importante ser recebido com fraternidade, ter condições de se integrar ao país no exílio. E como é importante ter um quadro jurídico claríssimo sobre direitos e deveres do refugiado.

O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, destacou na sua fala o drama de quem é forçado a deixar suas casas e países. Ele também sugeriu a institucionalização da inclusão de refugiados nos programas sociais.

— Todos os dias, milhares de homens, mulheres e crianças têm que fazer a mais difícil das escolhas na vida: viver além de tudo que lhes é próximo e fugir em busca de segurança. Eles são forçados a sair de casa e de seus países em razão da pobreza, da violência e da perseguição. Muitos estão em perigosas jornadas, nas mãos de contrabandistas e traficantes. O exílio pode se estender por anos. E ao redor do mundo, os países vizinhos das zonas de crises estão lutando para absorver os choques social, econômico e político — afirmou Grandi.

— Considerem institucionalizar práticas para a inclusão sistemática de todos os refugiados nos programas sociais nacionais nos próximos cinco anos — acrescentou.


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