José Messias Guedes de Oliveira, foi morto nesta terça-feira (1) após taco de sinuca ser confundido com arma pela Polícia Militar do estado do Ceará.

De acordo com o G1 Ceará, José estava com um grupo de amigos em um carro quando o grupo parou em um posto de gasolina para lanchar e pedir informações quando o frentista do posto viu os tacos de sinuca no carro, confundiu com armas e informou a polícia.

Os policiais foram verificar a informação e iniciaram uma perseguição. Segundo nota, mesmo após ligarem as luzes e os sinais sonoros o automóvel não reduziu a velocidade nem parou no posto rodoviário estadual Campos Sales, sendo necessário montar um bloqueio na entrada da cidade. Quando o veículo acelerou em direção ao bloqueio, os PMs atiraram, conforme a nota.

Gutiely Pereira, amigo da vítima que também estava no carro, relatou que a morte do amigo foi resultado de uma ação sem sentido da polícia: "O meu amigo foi morto pela falta de preparo dos policiais. Eu não sou militar, mas quando se faz uma abordagem e a pessoa não para, eu acho que o correto é atirar para cima, ou no máximo no pneu. Agora você disparar de frente para o carro, sem nem saber quem está dentro, já querendo matar e tudo isso por causa da denúncia de um civil" e completa: "Eu fico muito triste, porque depois de sair do posto de gasolina a gente ainda passou por um posto da Polícia Rodoviária Estadual e não fomos parados, a gente só seguiu viagem normalmente. Depois, quando vi a sirene, eu achei a coisa mais normal do mundo, porque uma sirene pode não ser só a polícia. Pode ser um carro dos bombeiros, uma ambulância. Jamais achei que fosse ser uma barricada da polícia pra gente, até porque tinha acabado de passar por um posto da PRE".

A vítima foi atingida na região do abdômen, outras duas pessoas que estavam no veículo também foram feridas com tiro de raspão e estilhaços de vidro, mas passam bem. Apenas Gutiely não foi atingido.