Wilson Lima fracassa em Brasília. Cresce ameaça à ZFM
Foi fácil para Carlos Alexandre da Costa, secretário de Produtividade Emprego e Competitividade, dizer para Wilson Lima que os estados da Amazônia “perdem dinheiro por falta de projetos econômicos”. À sua direita, na mesa, estava um interlocutor "verde" e sem a lapidação necessária para reagir à altura.
Falta a Wilson o ‘traquejo’ político necessário para encarar a pose dos burocratas brasilienses, e seu velho costume de colocar a "cabocada" na condição de aluno relapso com a tarefa.
Costa disse que o dinheiro é do Fundo Amazônia, que em 2018 completou dez anos, sem que o Brasil elaborasse uma estratégia de uso sustentável para as florestas amazônicas.
Wilson deveria responder que os recursos do Fundo não são destinados a projetos econômicos e sim para investimentos em REDD+. E que o governo federal abocanha os recursos indevidamente.
FALTOU O PESO DE ARTHUR
É nesses momentos que figuras consideradas “antigas” fazem falta. Arthur Virgílio é uma delas. Arthur pode ser o grande contraponto nesse debate de modernização do País ao preço de virar as costas para a Amazônia. Falta a Wilson Lima estilo, conhecimento técnico e capital político que o atual prefeito de Manaus tem.
E faltou a Wilson a humildade para convidar Arthur a acompanhá-lo na difícil tarefa de defender os interesses do Estado.
BRASIL É ZONA DE GUERRA
Não dá para esconder: o Brasil é uma “zona de guerra”, aonde 64 mil cidadãos são assassinados por ano. Destes, 71% são por armas de fogo. E agora a mudança das regras para a posse e uso delas está institucionalizado pelo governo. O Estado reconhece sua incompetência para nos proteger.
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Se vai ficar mais perigoso para o cidadão desarmado? Claro que sim. O número de inimigos vai aumentar. Quem compra uma arma torna-se um potencial atirador; e você uma vítima.
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Mas Bolsonaro diz que liberar o porte de arma “é apenas o começo”. Claro, o fim pode ser num caixão, ou inválido para o resto da vida. Regredimos aos 'tempos do faroeste’.
ASSUNTOS: Bolsonaro, wilson-lima, ZFM
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.