Tem  sido comuns comentários apócrifos nas redes sociais tachando o governador Wilson Lima de corrupto. Ë uma acusação que precisa ser provada.

Mas ainda que nas postagens eventualmente residam uma meia verdade, onde está a outra parte dessa moeda?  Está no eleitorado, que faz escolhas equivocadas e se  exime de dividir responsabilidades.

Se você entrega a chave do cofre da sua empresa a um empregado e ele desvia parte dos recursos guardados, a responsabilidade também é sua.

Se você vota em um parlamentar e ele faz do mandato um balcão de negócios, é  subornado, negocia vantagens,  a responsabilidade também é sua. Se eles são corruptos, você é o quê?

O que está acontecendo hoje no Estado do Amazonas indigna a todos, mas antes de chamar o governador de corrupto, mais correto e digno é lutar pelo seu afastamento,  ainda que provisório, até que todas as investigações sobre sua conduta sejam concluídas. Isso é dar a ele  o benefício da dúvida.

Seu afastamento vai facilitar que as investigações  caminhem mais rápido, com menos traumas para a vida dos cidadãos e o funcionamento da máquina pública, atualmente emperrada pelos escândalos que se multiplicam a cada dia.

Ao final, concluindo-se  que Wilson Lima não fez parte de negócios escusos, sua volta será comemorada e sua biografia restabelecida.