O vereador  Álvaro Campelo fez uma acusação séria contra o policial militar que o abordou na sexta-feira. A de que  o PM propôs  “conversar” para não multa-lo. A própria infração que o vereador teria cometido - o não uso do cinto de segurança por sua mulher -  é negado. O comandante da Polícia Militar, coronel David Brandão,  emitiu nota  afirmando sua “absoluta confiança na tropa”. 

É bom ouvir isso de um comandante, mas  também a sociedade espera que esse tipo de denúncia seja apurada com rigor.  Se houve tentativa de extorsão, como afirma o vereador, que se abra o procedimento adequado. E isso o comandante poderia  ter determinado de imediato, até para não ficar dúvida sobre o procedimento do PM. 

Mas o vereador pode ter errado duplamente - e isso só uma investigação  vai dizer com clareza. Primeiro, ao acusar o PM de tentativa de extorsão, o que é gravíssimo. Segundo, ao  telefonar para o comandante e questionar a qualidade da tropa. Não se julga a tropa por um homem apenas:

“ Ele está cheio de moral aqui. Só estou participando ao senhor o nível de gente que ( o senhor) está colocando na rua” .  No mínimo. foi indelicado. 

Se a Polícia tem uma Corregedoria para apurar infrações de seus agentes, a Câmara Municipal de Manaus tem um Conselho de Ética, que precisa estar mais atento e trabalhar mais.

DEIXARAM AS DIGITAIS

Uma demonstração de ‘força’ começa a se desenhar na mídia apontando para uma provável candidatura de outro cacique local ao cargo de governador. A vigilância cerrada sobre os movimentos e ações do governador Amazonino Mendes sinaliza ‘concorrência’ à vista.

@@@

Pela forma da busca de desconstrução de imagem com denúncias constantes, no mesmo veículo de mídia, fica quase explícito de quem são as digitais por trás das reportagens e notas de coluna. 

NÓ NO PT

O PT do Amazonas arranjou um ‘nó’ com a indicação de Zé Ricardo para disputar o governo. Com coisa ficando preta pro lado de Lula, Zé pulou fora da canoa, mas Sinésio quer empurrar de volta. O motivo: ambos estão de olho na candidatura a deputado federal.

TRÁFICO DE DROGAS

Aproveitando a intervenção do governo federal no Rio, o senador Omar Aziz voltou a tocar num ponto ‘nevrálgico’ da segurança urbana. O combate ao tráfico de drogas na fronteira do Amazonas com os países produtores. “A intervenção ataca apenas os efeitos”.

@@@

Usar o Rio como vitrine e atacar apenas os efeitos do tráfico, não vai gerar resultados na redução da criminalidade nos estados, principalmente no Amazonas com suas fronteiras abertas.

O TEMA DA SEMANA

A intervenção Federal  no Rio é o tema que dominou o fim de semana e vai dominar as articulações na Câmara Federal hoje, até a votação do decreto do presidente Temer. O presidente Rodrigo Maia e líderes partidários ‘catam’ votos para garantir a aprovação.