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Braga tenta ser ministro outra vez. Temer não quer


Por Raimundo de Holanda

05/05/2016 23h37 — em
Bastidores da Política



O senador Eduardo Braga não perdeu a esperança de ser ministro em eventual governo Temer. Tem recorrido a Renan Calheiros, presidente do Senado, para voltar a ocupar  um gabinete na explanada dos ministérios.  Renan tem trabalhado para emplacar o senador, que foi líder do governo Dilma e até recentemente ministro das Minas e Energia - e também um critico do rompimento do PMDB com a presidente. Deixou o barco na ultima hora e licenciou-se do Senado, alegando motivos de saúde.

Mas atua nos bastidores para sair do inferno astral no qual se meteu, ao adotar uma posição  primeiro pró-Dilma e contra o PMDB, seu partido. Depois por ter deixado a presidente no momento em que mais ela precisava dele. Perdeu a confiança de políticos importantes, dos amigos que fez em Brasília e de eleitores que ainda acreditavam que era um homem de opinião e que não recuava mesmo na adversidade.

Alfredo ainda vive fama de ter votado contra Dilma

O aniversário ontem do deputado Alfredo Nascimento foi transformado num evento nas redes sociais por sua assessoria. A grande divulgação e repercussão aponta que a pré-candidatura dela à prefeitura começa a tomar forma e que as mídias eletrônicas vão funcionar como termômetro para avaliar o desempenho e as possibilidades eleitorais.

Ricardinho fica do lado de Arthur

Embora de um lado trave uma batalha ferrenha contra a administração do prefeito Arthur Neto, o deputado José Ricardo assumiu ontem que vai lutar ao lado do adversário contra o aumento da tarifa de ônibus. Na terça-feira o STJ suspendeu a liminar do TJAM que impedia o aumento da tarifa, de R$ 3 para R$ 3,55, e o prefeito disse que vai recorrer da decisão. José Ricardo também afirmou que continuará na luta  pela manutenção da tarifa, atuando como “amicus curiae” (amigo do tribunal), apoiando a ação dos órgãos e entidades.

Projeto aprovado

A Assembleia Legislativa aprovou ontem projeto de lei do governo que disciplina a atividade de aquicultura no Estado. A proposta do governador José Melo vai beneficiar as atividades relacionadas à pesca e piscicultura, mas a definição da lei abrange toda atividade relacionada ao cultivo e comercialização de espécies da flora e da fauna aquática. Com a legislação o governo espera a produção do setor rural e o setor primário como fontes alternativas à economia amazonense sustentada pela indústria de alta tecnologia. Já há quem pense inclusive no manejo e produção de jacaré em cativeiro, cujo couro é altamente valorizado na indústria de sapatos.

A aposta na ciência

O secretário Thomaz Nogueira irá na próxima semana debater com os deputados o projeto do governador José Melo que cria o Fundo Estadual para Desenvolvimento Científico Tecnológico e de Inovação. O mecanismo financeiro vai facilitar a arrecadação dos recursos que as empresas precisam destinar para a área, que aplicados pelo Capta dentro da Suframa. O líder do governo David Almeida defendeu ainda a desvinculação da Fapeam do controle da Ciama, atendendo exigência do BC, para que ele seja uma agência autônoma.

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Comentando a criação do fundo, o deputado Dermilson Chagas disse que R$ 1 bilhão desses recursos já foram ‘surrupiados’ do povo amazonense, indo para o ralo da corrupção.

O representante nacional do Unicef, Gary Stahl, esteve em Manaus ontem para acompanhar o programa Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), executado pela prefeitura. Ele foi recebido pelo o prefeito Arthur Neto, numa escola municipal do bairro Jorge Teixeira, na zona Leste, onde são desenvolvidas uma série de atividades complementares com 200 jovens, direcionadas aos valores de cidadania. “Vi aqui um material humano fantástico para ser trabalhado por nós e pelo Unicef, disse Arthur. Gary Stahl explicou que “A ideia é criar parâmetros e políticas públicas que possibilitem uma cidade melhor para o amanhã.”

Bisneto ataca conveniências

O deputado federal Arthur Bisneto criticou ontem os líderes da casa que “mudam de posicionamento de acordo com a conveniência política”. Foi durante a discussão e votação da Medida Provisória 704/15, que permite ao governo usar recursos do superávit financeiro de 2014, vinculados a despesas específicas, para cobrir outras despesas primárias obrigatórias de 2015. “De repente, eles mudam de posição de acordo com a conveniência política e passam a aprovar pautas que até outro dia chamavam de pautas bombas”.

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ASSUNTOS: dilma, Eduardo Braga, renan, Temer

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.