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Suicídio ou assassinato na delegacia? A verdade sobre o caso Valdelir


Por Raimundo de Holanda

23/10/2017 20h41 — em
Bastidores da Política



O cozinheiro Francismar Vieira ficou preso quatro dias por suspeita de estuprar uma menina de 12 anos, que confessou ter mentido em depoimento à polícia. Francismar foi solto, mas ficaram nele as marcas do flagelo moral.

 Valdelir da Silva também foi preso pelo estupro de uma mulher, que teria ocorrido às 3h da madrugada, no Alvorada. Valdeir, que sai às 5h30 para trabalhar estava em casa, na Cidade Nova.

O crime de Valdelir? Curtir a foto da mulher no facebook, onde ela o ‘identificou’ e fez a denúncia. Não houve exame de conjunção carnal nem da vítima nem do causado.

Bastou a palavra de uma pessoa “amparada por uma lei específica” para se fazer injustiça da forma mais banal. O cidadão de bem é jogado na vala da bandidagem. Resultado: depois de passar por humilhações e provavelmente sevícias de colegas presos ou não, ontem ele apareceu morto dentro da cela. Houve suicídio ou assassinato? É difícil saber, mas o caso exige uma investigação severa, inclusive com a participação do Ministério Público.

Parece um absurdo a realidade das “leis protetoras dos direitos”. Amparada por elas, a polícia prende o cidadão por uma simples denúncia, sem apuração.

Certo que o país passa por uma ‘varredura’ ética e moral na política, mas aplicar ao cidadão humilde e indefeso a sanha das delações trata-se de um abuso inominável.

A VOLTA DE FONTES

A fusão da SMTU com o Manaustrans, como pretende no prefeito Arthur Neto, poderá trazer de volta ao cenário da administração pública o ex-secretário de Segurança do Amazonas, delegado federal Sérgio Fontes. 

'ESTÃO ME CHAMANDO'

O costume do cachimbo entorta a boca. Querendo voltar ao palco da política, Praciano saiu-se ontem com o chavão mais surrado das velhas ‘raposas’: “Estão me chamando de novo pra me candidatar!! Estou querendo a opinião da família, amigos e eleitores!! Que tal?”

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Já o colega de turma Zé Ricardo continua ‘entortando’ a boca no microfone em cima da velha Kombi que já garantiu boas ao Praciano...

A SOMBRA DELE

Expertise em sobrevivência à sombra do poder, o presidente Michel Temer agora projeta sua própria ‘sombra’ sobre o Legislativo, para não ter surpresa na votação de amanhã da denúncia contra ele na Câmara dos Deputados.

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Depois de distribuir cargos e emendas parlamentares, que chegaram a R$ 108 bilhões, Temer agora quer forçar a votação ‘controlada’ da denúncia contra ele.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.