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Sobre a disputa para o Conselho Superior do MP e a doutora Jussara


Por Raimundo de Holanda

29/01/2015 0h00 — em
Bastidores da Política



A procuradora Jussara Pordeus é muito respeitada pelo seu conhecimento jurídico.  Não foi à-toa que  chegou ao Ministério Público do Amazonas. Mas não tem conseguido se manter em cargos importantes da instituição por causa de seu temperamento considerado agressivo. Ontem, no whatsapp, ela desqualificou nota da coluna na qual se abordou questão relacionada a eleição para o  Conselho Superior do MP. O conselho é órgão  encarregado de julgar promoções, remoções e procedimentos disciplinares dentro da instituição.  Aí reside a dificuldade da procuradora, que começa no relacionamento com seus colegas de trabalho. 

Como a própria Jussara diz na sua postagem, o ideal seria não haver concorrência. Mas é o  que também contribui para reduzir drasticamente as  chances  de permanecer na função. O MP é uma instituição independente. Procuradores não  precisam do Portal  para qualquer campanha de marketing, mas usamos o  direito a livre manifestação de pensamento – que Jussara parece não gostar -  para analisar, avaliar e opinar, sem qualquer "interferência de  terceiros", como insinua a procuradora.  

A manifestação de pensamento na democracia, quando respeitosa, é um direito contra o qual não cabe ninguém se insurgir, especialmente uma procuradora.  Mas insistimos em dizer que, apesar do seu temperamento, Jussara não chegou ao MP pelos seus belos olhos: é uma profissional competente. Só lhe falta humildade... (RH)

O encontro de Marcelo com o futuro é agora

O deputado Marcelo Ramos, cujo mandato termina daqui a três dias, anda coçando a cabeça para definir seu futuro político. Depois de recusar convite do governador José Melo para assumir uma secretaria, sua situação dentro do PSB deixou de ser confortável. Marcelo, que saiu das eleições de 2014 como uma estrela em ascensão, tem sido assediado por caciques de outros partidos, mas espera por uma definição da Rede, da ex-senadora Marina Silva, com quem tem mais afinidade ideológica.

 ZÉ ENTRA NA DISPUTA

Há quatro dias para a eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa, o petista José Ricardo, que anunciou sua pré-candidatura a presidente, pode acabar isolado na disputa. Os números contabilizados ontem pelos aliados do concorrente Josué Neto davam como certos 22 votos para a chapa da base governista. Se “vingar” a informação, Zé Ricardo teria no domingo apenas um companheiro ou companheira de chapa. Mas o conciliador Josué Neto não quer que isso aconteça e quer o petista “integrado” ao bloco, nem que seja só para a eleição.

SÓ SÁBADO

A três dias da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, o candidato ao cargo Arlindo Chinaglia (PT-SP) reuniu na quarta-feira cinco ministros e oito partidos para pedir apoio contra o candidato do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Pelo menos cinco partidos marcaram posição ao lado do PT, mas outros três, PP, PRB e o PR do deputado federal Alfredo Nascimento estão no muro. Alfredo diz que vai conversar com os deputados do PR e dá resposta no sábado, dia 31.

PCCS NA MIRA DE WILKER

O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Wilker Barreto (PHS), fez reunião com servidores do Legislativo na quarta-feira e prometeu valorizar os funcionários, inclusive com a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Nas entrelinhas dá para entender que vai sair aumento salarial.

WILKER PREFEITO

Por falar em Wilker Barreto,  com a renúncia de Hissa Abrahão (PPS) na próxima sexta-feira, 30,  pois assume o cargo de deputado federal no dia 1º de fevereiro, Barreto é o virtual vice-prefeito de Manaus e assumirá a prefeitura nos impedimentos do prefeito Artur Neto.

PL DE VOLTA

O chefe de Cartório da 63ª Zona Eleitoral, José Galdino de Menezes, publicou edital onde divulga que o Partido Liberal (PL), em formação, apresentou 411 formulários em apoiamento à constituição do PL no Tribunal Superior Eleitoral. Quem quiser impugnar tem 5 dias para fazê-lo, a contar de quarta-feira.

DESPESAS ENQUADRADAS

As despesas brutas com pessoal do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, no exercício de 2014, atingiram R$ 143,24 milhões, enquanto o limite máximo para gastos dessa natureza foi de R$ 143,52 milhões. Com a dedução de R$ 17,22 milhões sob a rubrica “Despesas Não Computadas”, o TCE/AM fecha 2014 com despesas de pessoal no montante de R$ 126,02 milhões, devidamente enquadrado e com folga.

GOVERNO ARRECADA MENOS

Com arrecadação de R$ 1,18 trilhão em 2014, as receitas de recolhimento de tributos da  União ficaram 1,79% menor que o montante recolhido pelo contribuinte em 2013. A Receita Federal atribui ao fraco desempenho da economia o furo na arrecadação que, pra variar, foi maior do que o governo do PT havia previsto - 1%. A queda foi a primeira registrada desde 2009, auge da crise internacional.

RUÍNA DA PETROBRAS

O mundo  político e econômico em Brasília e nas principais capitais do país viveu ontem a expectativa da divulgação dos dados operacionais da Petrobras. A ansiedade era pelas “baixas contábeis” relacionadas ao esquema de corrupção na Petro. Informou apenas que a própria empresa não consegue mensurar os valores. Mas deixou nas entrelinhas do demonstrativo algumas pistas sobre a questão. Considerou os 3% de propina que a delação premiada de Paulo Roberto Costa indicou. Só isso já geraria uma baixa de R$ 4 bilhões nos contratos considerados no pedágio de Costa.

TROPA DE CHOQUE

O governo da presidente Dilma acionou toda a sua tropa de choque, inclusive os ministros, para captar votos para o seu candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia. A determinação é “tirar” a vantagem do peemedebista Eduardo Cunha, impedindo-o de chegar ao colégio eleitoral no próximo domingo com vantagem sobre o candidato petista. O raciocínio é que dos dois, o que chegar para a eleição na frente poderá ganhar a adesão de indecisos e até de outro candidato.

 

 

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ASSUNTOS: jussara Pordeus, marcelo ramos, portal do holanbda

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.