As pesquisas de intenção de votos têm revelado um empate técnico ‘por baixo’ entre os potenciais nomes para a disputa ao governo em 7 de outubro. A praticamente cinco meses dessa data, o eleitor repassa ao pesquisador uma indecisão muito próxima à desilusão.

Primeiro, se nota a queda de conceito dos antigos “astros’ da política. Segundo, percebe-se o ‘derretimento’ ainda inexplicável dos símbolos da renovação surgidos nos últimos anos.

O desgaste dos caciques deixa campo aberto para as novidades, mas as que têm surgido desaparecem como pedras de gelo, quando expostas ao ‘calor’ da lide política.

Em resumo, temos um ‘empate técnico’ para ser decidido no segundo tempo e mais uma novidade que talvez não resista ao amanhecer de 7 de outubro, mês de muito sol.

 ARTHUR ABALA PSDB

A expulsão do senador Aécio Neves, defendida pelo prefeito Arthur Virgílio, ‘abala’ as bases de um dos partidos mais clericais do quadro político brasileiro. Habituado ao consentimento de seus cardeais, o PSDB se assusta ante uma voz que ‘escandaliza’ a sujeira moral do partido e aponta suas fraquezas -como o fato de não ter uma comissão de ética para alem de uma reunião de compadres. 

DIA SEM LULA

O Dia do Trabalho este ano será comemorado sem a presença do homem que nas últimas quatro décadas foi idolatrado como líder dos trabalhadores brasileiros. Encarcerado na cadeia da PF em Curitiba, Lula da Silva revive a tragédia do herói e do vilão.

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Vindo das massas tornou-se líder endeusado, até cair em desgraça pelo escândalo. 

AGU CONTRA A ZFM

A Advocacia Geral da União (AGU) é contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida em fevereiro no STF pelo governador Amazonino Mendes contra a guerra fiscal no País, atentatória às vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus.

PARECER EQUIVOCADO

A justificativa da AGU, segundo a qual a ADI de Amazonino “fere a segurança jurídica do País”, é considerada  equivocada, inclusive pelo fato de que as vantagens da ZFM são delegações da Carta de 1988. E a guerra fiscal fere esse preceito constitucional.

PRIVATIZAÇÃO NA PAUTA

Será votado no próximo dia 8, em uma Comissão Especial do Senado,  relatório do deputado Júlio Lopes (PP-RJ) sobre a Medida Provisória que permite a privatização da Eletrobras e reestrutura o setor elétrico na Região Norte. O evento preocupa os trabalhadores da Amazonas Energia, que temem um absurdo processo de demissões.

RESISTÊNCIA NO CONGRESSO

A intenção de privatizar o sistema Eletrobras, que responde por um terço da energia produzida no Brasil, é uma decisão teimosa do governo Michel Temer, mas enfrenta forte resistência política no Congresso Nacional. O valor patrimonial estimado da Eletrobras é de R$ 46,2 bilhões, com ativos que podem somar R$ 170 bilhões.