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Aparece a saída para ameaçados de prisão por desvios na saúde


Por Raimundo de Holanda

20/01/2018 0h09 — em
Bastidores da Política



Não houve transferência de recursos do Fundo da Educação Básica ( Fundeb) para  pagamento de despesas a instituições que prestam ou prestavam serviço à Secretaria de Saúde. É o que diz em nota o Sindicato dos Fazendários do Amazonas, que contesta resultado de investigação da CGU e Ministério Público Federal. O suposto emprego irregular de recursos do Fundo da Educação balizou, em parte, as operações “Maus Caminhos” e “Custo Politico”, que levaram para a prisão ex-secretários de estado, o ex-governador José Melo, a ex-primeira Dama Edilene Oliveira e empresários.  

Os fazendários qualificam as conclusões da Controladoria Geral da União de “desserviço à coletividade e uma  tentativa de desqualificar  o Sistema de Administração Financeira Integrada – AFI”, da Secretaria de Fazenda. Eles defendem uma “perícia Independente, contábil e de sistema”. Querem provar que “é um equivoco” a conclusão da CGU de que um “governador  poderia, ao seu bel-prazer, adotar procedimentos de manipulação de recursos e de pagamentos dentro do  Sistema e controle da Sefaz. 

Não é uma tentativa de provar que não houve fraude, desvio de recursos e outros crimes. O que o Sindicato dos Fazendários quer é provar que o sistema AFI é eficiente e não manipulável. 

Na prática, indica que os recursos desviados não são federais, saíram da fonte 100, o que, se provado, pode anular os inquéritos instaurados até aqui contra os acusados e passar o fardo para o Ministério Público Estadual e  Polícia civil, 

A tese é atraente especialmente para políticos e empresários ameaçados de prisão, além de jogar o fardo pesado nos braços do Ministério Público Estadual e Justiça Estadual. 

Veja a Nota dos Fazendários

 

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DESEJO DE ARTUR

O prefeito Arthur Virgílio deu ontem, em entrevista ao Estúdio Veja, uma deixa que pode modificar todo o jogo político para 2018 no Amazonas. Ao afirmar ao entrevistador Augusto Nunes que para ele é a presidência ou “nada vezes nada”, abre duas vagas no jogo majoritário.

Isto porque o cacique tucano é hoje uma das lideranças com cacife eleitoral, tendo vencido duas disputas municipais e ‘puxado’ duas vitórias estaduais nos últimos cinco anos.

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Cotado na matemática de aliados e adversários para governador ou senador nas eleições deste ano, seu anúncio de retirada da vida pública local atiça muitos olhares nessas vagas.

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Até o momento dois aliados federais começam a se predispor nessa corrida. Alfredo Nascimento quer de volta a vaga do Senado e Francisco Praciano se assanha para chegar lá.

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Sem contar que os dois titulares atuais, Eduardo Braga e Vanessa Grazziotin aumentam grandemente suas chances de manter as cadeiras que ocupam.

Sindicato adia greve

Os rodoviários selaram ontem um acordo com o prefeito em exercício Marcos Rotta e o Sinetram, para revogar o indicativo de greve marcada para a segunda-feira.

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ASSUNTOS: José Melo, maus caminhos

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.