A Lei Orçamentária do governo do Amazonas para 2017, prevendo receita de 14,8 bilhões, começa a tramitar no plenário da Assembleia Legislativa na sessão de amanhã. Já passou pelo crivo da CCJ e entra em pauta para receber as emendas dos deputados, que pela primeira vez serão ‘pra valer’, de acordo com a Lei do Orçamento Impositivo aprovada pela casa. Cada deputado poderá apresentar emendas direcionadas aos 62 municípios, no limite de R$ 5 milhões, dos quais 25% em saúde, 12% em educação, e o restante em outras áreas como lazer, esporte e obras de infraestrutura. Trata-se de um bom ‘reforço’ para manter suas bases, num momento em que o próprio orçamento do Estado prevê queda de R$ 2 bilhões e novos ‘apertos’ nos gastos públicos. Mas o deputados não querem saber disso. De olho na reeleição, miram suas bases. E vão investir pesado. A conta será paga pelo contribuinte. 

REVISANDO ERROS

O PT no Amazonas pretende revisar seus erros e se fortalecer para novas disputas. Mas nacionalmente lideranças do partido já discutem a criação de um novo partido de esquerda. A aproximação de Lula com o capitalismo e sua própria inserção no ‘clube dos milionários’ às custas de desvios de recursos públicos, levam os radicais das bases e de partidos aliados a pensarem em uma alternativa nova. Obviamente que o fracasso de Lula não permite que ele seja incluído nesse ‘barco’, que já tem até nomes para disputar a presidência em 2018: Tarso Genro, Chico Alencar e Guilherme Boulos.

IDEIAS E GREVES

Se a população de Manaus amanhecer sem ônibus para ir ao trabalho hoje, não terá sido por falta de aviso. O deputado Wanderley Dallas vaticinou que nova paralisação dos rodoviários deverá acontecer, porque a categoria não gostou da sugestão  de usar o cartão magnético para todas as categorias de passagens. Eles querem reforço na segurança e não a retirada do dinheiro dos ônibus, que coloca em risco os empregos dos cobradores. Na próxima quinta-feira, Dallas levará à Assembleia os representantes dos rodoviários para expor os riscos da profissão, e apresentar ideias para inibir os assaltos a ônibus. 

CONFRONTO NO AR

A semana começa com o acirramento do confronto institucional entre políticos e juízes e promotores.  De um lado, o presidente do Senado Renan Calheiros mobiliza deputados federais e senadores para aprovar medidas punitivas aos juízes e promotores por “abuso de autoridade” nas investigações. De outro, as associação nacionais de magistrados pedem mais apoio do STF nos posicionamentos contra essas medidas. No centro da questão, a iminência do próprio Renan e outros políticos de renome serem apanhados pela justiça nos próximos meses, por crimes de corrupção.