PMDB deve exigir renúncia de suplente que bateu em Luiza Brunet
Diante da celeuma que se instalou em torno da agressão do megaempresário Lírio Parisotto à sua companheira Luiza Brunet, envolvendo também sua relação com a Zona Franca de Manaus e com a política amazonense, o PMDB do Amazonas está na obrigação de exigir que o suplente do senador Eduardo Braga renuncie. O ato atribuido a ele pela modelo é crime contra a mulher e moralmente indecoroso a qualquer cidadão, e mais ainda a parlamentares, extensivo àqueles que podem substituí-los nos mandatos. As lideranças do partido, como o senador e seu pré-candidato a prefeito de Manaus, Marcos Rotta precisam rever suas posições de silêncio e seus compromissos políticos com Parisotto. A virtual candidata a vice Conceição Sampaio saiu na frente e ontem a peemedebista Alessandra Campêlo também se manifestou contra a atitude do suplente.
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Bater em mulher dá cadeia. Menos para Lirio Parisotto (PMDB-AM)
EX-PREFEITO COMOVE DEPUTADOS
O ex-prefeito de Manaus e ex-deputado federal José Fernandes protagonizou ontem na Assembleia um momento ímpar na política. Ao se referir a ele convidando-o para compor a mesa da casa, Josué Neto o tratou como “uma lenda viva da política amazonense”, destacando sua probidade como gestor público. Da tribuna, Bosco Saraiva declarou-se feliz “por termos hoje à mesa um dos homens mais probos da política amazonense”. E também Sabá Reis se emocionou depois de abraçar Fernandes, e da tribuna o chamou de “meu querido amigo e um dos homens responsáveis pelo meu ingresso na vida pública”.
O CARA LIDERAVA INVASÕES....
Foi na administração de José Fernandes (1979/82) que Sabá Reis liderava a invasão da área do hoje Bairro da União, e os invasores foram cercados pela Tropa de Choque da PM. Na sede da prefeitura, José Fernandes acompanhava as notícias e decidiu intervir, assinando um decreto de desapropriação da área. Depois foi ao local e comunicou aos invasores que as terras seriam deles; com isso, Sabá se elegeu vereador e seguiu carreira política.
BOA VIZINHANÇA
O novo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Flávio Humberto Pascarelli ganhou ontem uma moção de parabenização da Assembleia Legislativa, assinada por 18 deputados. Faz parte da política de boa vizinhança do vice-presidente da casa, Belarmino Lins, diante da intenção manifestada por Pascarelli de brigar pelo repasse constitucional de R$ 12 milhões que o Legislativo fazia ao TJ até 2014, e que foi suspenso em 2015 por causa da crise financeira.
DÍVIDA E CORRUPÇÃO
Referindo-se à dívida ativa de R$ 2,7 bilhões do governo, dos quais 50% refere-se à Petrobras e Eletrobras, duas estatais do governo federal atoladas no esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato, o líder David Almeida disse que se o governo do PT não tivesse dilapidado a Petrobras, “o povo do Amazonas não estaria passando por essas dificuldades, porque somente esses recursos seriam suficientes para equilibrar a economia do Estado”.
NO LIMITE DO LIMITE
Em conversa com a coluna, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) disse que na primeira reunião que o seu partido tiver com a cúpula do TRE-AM vai questionar o limite de gasto eleitoral, da ordem de R$ 28.504.307,14 previsto pela Justiça Eleitoral para a eleição deste ano à Câmara Municipal de Manaus.
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De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cálculo releva o limite de 70% do maior gasto declarado para o cargo no primeiro turno da eleição anterior. No caso em questão, o valor mais alto do pleito de 2012 para a Cãmara de Vereadores chegou a ultrapassar R$ 28 milhões e superou o maior valor declarado para a campanha majoritária, da ordem de R$ 13.423.622,85.
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“O gasto acima de 28 milhões numa campanha de vereador é um absurdo, só pode ter ocorrido um lamentável erro de digitação constante da prestação de contas de algum candidato à Câmara Municipal. Na primeira reunião que tivermos com o TRE-AM, vamos colocar esse equívoco”, comentou Serafim à coluna.
ESPAÇO DAS MULHERES
Segundo Serafim Corrêa, o PSB está fora da relação dos 16 partidos arrolados pelo TRE-AM por causa de pré-candidatos que transformaram a propaganda partidária em propaganda eleitoral fora de época. O problema dos socialistas diz respeito ao espaço destinado às mulheres nos programas midiáticos de cada legenda.
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“No nosso caso, a Justiça Eleitoral afirma que nós não demos às mulheres o espaço a que elas têm direito, mas as informações que temos do setor competente do nosso partido é que isso foi respeitado e que o percentual legal foi usado em inserções com presença de mulheres. Deve estar ocorrendo alguma divergência de interpretação, mas aguardamos a notificação oficial para que o Departamento Jurídico do PSB forneça as explicações devidas”.
ASSUNTOS: Eduardo Braga, lírio parisotto, Luiza Brunet, marcos rotta, suplente de senador
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.