Compartilhe este texto

Os sinos dobram e governo do Amazonas não escuta


Por Raimundo de Holanda

05/04/2020 21h00 — em
Bastidores da Política


  • O governador Wilson Lima remanejou verbas e tem em mãos ‘carta branca’ para agir, mas só ameaça quem sair às ruas. Adotou medidas de confinamento, mas não supriu o exército de branco que luta nas trincheiras contra o vírus mortal.

O exército de branco escalado pelo governo do Amazonas para enfrentar a pandemia da Covid-19 está na frente de batalha desarmado e sem nenhum equipamento de segurança.  Os apelos dos profissionais de saúde saem de dentro das salas de tratamento, onde muitos deles já estão enfermos. Ontem, um técnico de enfermagem que atuava no PS 28 de Agosto faleceu. Outros estão gravemente doentes ou com suspeita de terem contraído o vírus.

O governo adotou medidas de confinamento para a população, mas não supriu o exército de branco que luta nas trincheiras contra o vírus mortal. O resultado é que a Covid-19 faz vítimas onde deveria ser contido.

O  governador Wilson Lima remanejou verbas de todas as fontes do Estado e tem em mãos ‘carta branca’ para agir, mas só ameaça quem sair às ruas.

Hoje quem está precisando de socorro são os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares, os que lidam com os infectados sem proteção para si mesmos.

Já não basta somente o isolamento, pois a transmissão do vírus pode ocorrer dentro da quarentena familiar. Da mesma forma que está acontecendo dentro dos hospitais, onde doentes e servidores respiram o mesmo ar.

Siga-nos no

ASSUNTOS: Amazonas, COVID-19, pandemia, wilson lima, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.