Os ataques ao sistema de segurança do Estado
A coligação “Renovação e Experiência” está apostando todas as fichas nas denúncias que vem fazendo contra o sistema de segurança do governo. O objetivo é estancar o crescimento do candidato José Melo. Cópias de uma reportagem da revista “Isto é”, que circulou semana passada, foram distribuídas nesta terça-feira por cabos eleitorais em vários pontos da cidade. A distribuição, entretanto, é legal, mas revela uma estratégia de alto risco. Para a sociedade, envolvida por um clima de medo permanente, e do qual alguém vem tirando proveito, e para o próprio processo eleitoral, que atingiu seu ponto de tensão máxima. O clima da campanha piorou muito.
Se a segurança pública virou o principal discurso, a preocupação dos políticos parece ser consigo mesmos, seus interesses mais imediatos, ainda que isso custe a descrença da população nas instituições do Estado. (Raimundo Holanda)
PREOCUPAÇÃO COM O SEGUNDO TURNO
Corre no núcleo mais fechado da coligação liderada pelo senador Eduardo Braga a preocupação com estratégias para enfrentar um eventual segundo turno eleitoral com o governador José Melo. Como o adversário não dá sinais de perder fôlego há 11 dias da eleição, o “coração” da campanha que trabalha com números e variantes, já analisa o segundo turno como uma ideia concreta. Nos 9 dias de campanha que faltam, a ideia é concentrar o fogo sobre o adversário, mas já preparando munição para o segundo tempo de jogo.
SEM AMAZONINO
De um ex-assessor que trabalhou ao lado do então governador Amazonino Mendes, referindo-se ao sumiço do Negão depois de ter ido à convenção da chapa Experiência e Renovação, no dia 30 de junho. “Claro que a gente sente falta dele na campanha, mas a nossa esperança é que ele esteja guardando uns tucunarés bem grandes pra fazer uma caldeirada no dia da eleição”. Bem diz o ditado popular, que a esperança é a última que morre.
GRANA NO BOLSO
O presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Bosco Saraiva (PSDB), está convocando, via Diário Oficial Eletrônico de 23 de setembro, 40 ex-servidores em cargos comissionados para receberem indenizações de exercícios anteriores. Eles devem comparecer à CMM nesta quarta-feira.
CAMPANHA DO MEDO
O coordenador da campanha da presidenciável Marina Silva (PSB), Walter Feldman, aumentou o tom e declarou que a candidata vai reagir “com firmeza contra a campanha do medo implantada pelo PT.” Feldman também afirmou que o marqueteiro João Santana é o candidato real e que Dilma é um equívoco na história do Brasil.
CULPA DA MARINA ?
O petista Sinésio Campos bem que tentou livrar a cara do governo da presidente Dilma pela não conclusão das obras da BR-319. Mas errou ao tentar jogar a culpa sobre a candidata do PSB, Marina Silva. Lá estava o aliado de Marina, Luiz Castro, mais atento do que nunca. Pediu aparte, e foi logo lembrando ao colega que Marina saiu do governo há sete anos e desde lá nem Lula nem Dilma se interessaram em resolver o problema. “Vossa Excelência está tentando justificar o injustificável”, disse.
DENTE DE OURO
Não foi uma tirada de humor, mas um fato histórico lembrado ontem pelo deputado Abdala Fraxe. Na campanha do escritor Monteiro Lobato pela criação da Petrobras, teve gente do povo que doou até dente de ouro para o fundo que custeou as despesas. Mas a lembrança foi só pra dar o efeito contraditório à situação da estatal hoje, no governo do PT, depois que a “companheirada” meteu a mão nos recursos do petróleo. “A situação da Petrobras chega a ser vexatória”.
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O colega Luiz Castro concordou que a Petrobras, que foi preservada por todos os governos, menos por este do PT, está sendo destruída, e concluiu: “Era o último símbolo forte do país, já que o Pelé está ficando velho”.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.